O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, refugiado na embaixada do Equador em Londres à espera da análise de um pedido de asilo político, se expõe a uma detenção depois de ter violado os termos da liberdade condicional, anunciou a polícia britânica. Uma porta-voz da Scotland Yard recordou que, entre as condições de sua prisão domiciliar, estava a permanência em um endereço pré-determinado entre as 22h e as 8h locais.
"Às 22h20 de terça-feira, a polícia foi notificada que Assange havia violado uma das condições. Está exposto agora a uma detenção pelo descumprimento das condições", declarou a porta-voz. "Os agentes conhecem sua localização na embaixada do Equador em Hans Crescent, Londres", completou. "Ele está exposto agora a uma detenção pelo não cumprimento das condições", disse.

"É um último esforço desesperado, porque ele é um preso político", declarou a australiana Christine Assange. Ela disse ainda que não tem dúvidas sobre uma intimidação dos Estados Unidos sobre o Equador.
O governo equatoriano assinalou ontem que, com base na Declaração Universal de Direitos Humanos da ONU, está estudando o pedido de asilo apresentado por Assange, que surpreendeu inclusive alguns de seus apoiadores. O jornalista e ex-hacker australiano estava em prisão domiciliar no Reino Unido desde que, em dezembro de 2010, foi detido a pedido da procuradoria sueca por três acusações de supostos abusos sexuais.
O Ministério de Relações Exteriores britânico disse previamente que o fundador do WikiLeaks se encontra agora em território diplomático e, portanto, "fora do alcance da polícia". O governo britânico colaborará com as autoridades equatorianas para resolver "o mais rápido possível" a situação.
Em seu comunicado, a embaixada equatoriana apontou ontem que "a decisão de considerar o pedido de asilo de Assange não deve ser interpretada de nenhuma maneira como uma interferência do governo do Equador nos processos judiciais no Reino Unido ou na Suécia".
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