Brasília - A presidenta Dilma Rousseff lamentou hoje (10) a morte do arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal dom Eugenio de Araujo Sales. Em nota, Dilma exaltou a preocupação social que marcou a trajetória do religioso. Dom Eugenio Sales morreu na noite de ontem (9), vítima de um infarto, enquanto dormia em casa, no Rio de Janeiro.
“O cardeal dom Eugenio de Araujo Sales deixa seu nome inscrito na história da Igreja Católica pelo relevante papel que desempenhou em toda a sua vida. Em sua trajetória, a preocupação social sempre esteve associada ao trabalho eclesiástico, como bem sintetizam as campanhas da Fraternidade, uma de suas iniciativas que marcam a ação da Igreja em todo o Brasil”, diz a presidenta no texto.
Dilma expressa ainda a solidariedade ao povo do Rio de Janeiro e a todos os admiradores, familiares e amigos do cardeal.
Segundo a Arquidiocese do Rio, dom Eugenio Sales era o cardeal mais antigo da Igreja Católica, título que lhe foi concedido em 1969, pelo papa Paulo VI. O corpo do religioso será velado a partir do meio-dia na Catedral Metropolitana de São Sebastião, no centro do Rio, e o sepultamento está previsto para amanhã (11).
Governo e prefeitura do Rio decretam luto de três dias
O governo do Rio de Janeiro decretou luto oficial de três dias no estado, por causa da morte do arcebispo emérito da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Eugenio de Araujo Sales.
Sérgio Cabral ressaltou, por meio de nota, o quanto Sales era amado pelo Rio de Janeiro. Eis a nota:
“Dom Eugenio Sales era amado pelo povo do Rio de Janeiro. Nas últimas décadas, a sua liderança religiosa foi a mais importante do nosso Estado. Vamos decretar três dias de luto”
O prefeito Eduardo Paes também decretou luto oficial de três dias na cidade do Rio. Paes lembrou o quanto Eugenio Sales zelou pela cidade. Eis a nota:
"Dom Eugenio Sales zelou por nossa cidade durante décadas. Grande homem de Deus, ele será sempre lembrado por sua sabedoria, a força de seus ensinamentos, a perspicácia com que comunicava e defendia sua fé e o exemplo de caridade nos anos mais difíceis da história brasileira. Que ele continue protegendo e abençoando o Rio e os cariocas."
OAB lamenta morte de Dom Eugenio
A Organização dos Advogados do Brasil (OAB) também divulgou nota, na qual destacou o papel importante de Dom Eugenio Sales ao oferecer abrigo a perseguidos políticos. Eis a nota:
OAB lamenta morte de cardeal dom Eugenio Sales
O presidente da OAB do Rio de Janeiro (OAB-RJH), Wadih Damous, lamentou hoje (10) a morte do arcebispo emérito do Rio de Janeiro, cardeal dom Eugenio de Araujo Sales. “Uma característica importante da personalidade de dom Eugenio Sales foi a sua discrição. Tão discreto era, que só agora sabemos da sua atitude corajosa e decidida de oferecer abrigo a perseguidos políticos, inclusive de outros paises latino americanos, então sob ditaduras”.
Segundo Damous, além de ter sido uma figura importante nos meios eclesiásticos, dom Eugenio Sales teve uma atuação política nos bastidores que o projetou para a história do Brasil. “Provavelmente, ainda há episódios dessa atuação que ainda vieram à tona mas que certamente virão com o passar do tempo”. Certamente, disse Damous, o Brasil e o Rio de Janeiro perderam uma de suas figuras mais ilustres.
O religioso morreu na noite desta segunda-feira (9), vítima de um infarto enquanto dormia em sua casa. Dom Eugenio Sales era o cardeal mais antigo da Igreja Católica, título que lhe foi concedido em 1969, pelo papa Paulo VI.
Segundo a Arquidiocese, Sales morreu segunda-feira (9), aos 91 anos. Ele era o cardeal mais antigo da Igreja Católica. O cardeal potiguar, nascido na cidade de Acari em 11 de novembro de 1920, tornou-se arcebispo de Salvador em 1968 e comandou a Arquidiocese do Rio de Janeiro por 30 anos, de 1971 a 2001.
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