sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A origem dos grandes mercados de comida


Os mercados públicos, cujos produtos de compra, venda e troca são alimentos, surgiram durante as Guerras Púnicas (264 - 146 a.C.). Cartago e Roma brigavam pela conquista da Grécia e do Egito. A região mediterrânea acabou vinculada à vitoriosa Roma, que descobriu inúmeros tesouros gastronômicos no local, como mel, ostras e peixes. Foi então que os mercados públicos se espalharam pelo Império Romano, para que o comércio de alimentos fosse favorecido. A partir daí, a culinária daquela nação tornou-se mais elaborada.
Já aqui, no Brasil, por volta do século 16, existiam mercadores que levavam encomendas em domicílio - sim, uma espécie de delivery de especiarias, que também eram vendidas em espaços como terreiros, pátios e igrejas. “Estes ‘mercados’ eram ambientes ora fechados, ora a céu aberto. Eram frequentados por pessoas do povo, encarregadas por nobres e burgueses de fazer as compras”, conta o professor de História da Unicap (Universidade Católica de Pernambuco), José Ernani Andrade. Alguma semelhança com os atuais fornecedores? E a Espanha do século 18 surpreendia com seus mercados imponentes, com uma variedade de frutas e verduras das mais diversas procedências. Boa parte delas era uma grande novidade aos paladares europeus.
O Ceasa-PE, como todo ambiente social, também passou por muitas transformações em seus 45 anos de funcionamento. Uma delas foi o aumento da abrangência de produtos, como conta o chef Robson Lustosa: “Não tem muito tempo, mas, quando aparecia um molho de salsa, isso aqui parecia um leilão, porque só coentro era vendido”. Por lá, hoje, é fácil encontrar tâmaras tunisianas (R$ 60, a caixa com cinco quilos) e aspargos do Peru (R$ 20, o quilo).

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