O técnico Zé Teodoro repetiu os mesmos erros do jogo contra o Salgueiro mas desta vez não foi perdoado. O tricolor terminou o jogo com quatro atacantes e apenas dois jogadores no meio de campo mas foi pobre nas oportunidades de gol e viu o Treze vencer, na tarde deste domingo (16), por 2x1. Para piorar, além da derrota os outros resultados complicaram o tricolor, que caiu da terceira para a sétima posição no Grupo A da Série C.
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Tanto Renatinho quando Diogo não se apresentaram. Com isso, as investidas ficaram restritas ao meio, sempre bem marcado. Por isso, a primeira oportunidade criada pelo time pernambucano foi na bola parada. Leandro Oliveira bateu falta buscando o canto direito mas Carlos Luna apareceu para espalmar.
Um pouco antes, Júlio Zabotto arriscou sem grandes pretensões. Fred Espalmou mal e a bola chocou-se no travessão antes de sair. Aos poucos, o tricolor foi ganhando mais posse de bola e igualou o jogo. Aos 22, Flávio Recife recebeu de Leandro Oliveira e, ao invés de mandar para o gol, preferiu passar para Dênis Marques. Marcado, foi desarmado.
Como era mais ofensivo, o Santa arriscava-se a tomar o contra-ataque. E no minuto seguinte ele levou perigo. Cristian cruzou da direita e Ney Mineiro completou de bico. A bola passou raspando a trave direita. Numa jogada em velocidade, o time da casa saiu na frente. Aos 33, Júlio César entrou pela esquerda e chutou forte. Fred defendeu parcialmente e, no rebote, Assis empurrou para o gol.
O Santa acusou o golpe e sua defesa começou a bater cabeça. Entenda-se "bater cabeça" por não acompanhar as descidas dos jogadores do Galo pelo meio de campo. Foi assim que Vavá ampliou aos 45. Ele deslocou-se da esquerda para a direita antes de chutar cruzado, sem chance de defesa para Fred.
Mal foi dada a saída para o segundo tempo e o Treze apertou o Santa criando duas grandes oportunidades de ampliar a vitória para 3x0. O tricolor voltou com uma postura mais ofensiva com Luciano Henrique no lugar de Sandro Manoel e, desta vez, o técnico Zé Teodoro se deu bem.
Aos oito minutos, Dênis Marques passou para Flávio Recife, que fez o corta-luz. Luciano Henrique chutou forte e a bola ainda bateu na trave antes de ir para o fundo das redes. Era a senha para a reação, mas o que se viu foi o contrário. O técnico tricolor enfraqueceu o meio de campo com a saída de Leandro Oliveira para entrada do atacante Fabrício Ceará.
Foi bem parecido com a opção errada do jogo anterior, diante do Salgueiro, no Arruda. Luciano Henrique ficou isolado com a responsabilidade de levar o time à frente e como o Treze recuou para buscar o contra-ataque, pouco podia fazer. Para completar, os alas foram peças ofensivas nulas.
Não era desorganização suficiente. O quarto atacante foi acionado para saída de um ala, Diogo. No final das contas, o panorama do Santa Cruz na reta final do jogo era: três zagueiros, um lateral-esquerdo, um volante, um meia e quatro atacantes. Muita gente nas duas extremidades - quatro defensores e quatro ofensivos. E um completo vazio entre eles com apenas dois no meio de campo.
Era tudo que o time paraibano queria e precisava. Postado no seu campo apenas viu o Santa acumular um erro em cima do outro até o apito final.
Ficha do jogo:
Treze-PB: Carlos Luna; Aderlan, Márcio Garcia (Bomfim), Tiago Gasparetto e Assis; Júlio César, Evérton César (Vágner Rosa), Júlio Zabotto e Cristian; Vavá (Brasão) e Ney Mineiro. Técnico: Marcelo Villar.
Santa Cruz: Fred; William Alves, Édson Borges e Éverton Sena; Diogo (Paulista), Chicão, Sandro Manoel (Luciano Henrique), Leandro Oliveira (Fabrício Ceará) e Renatinho; Dênis Marques e Flávio Recife. Técnico: Zé Teodoro.
Local: Estádio Amigão, em Campina Grande. Árbitro: Manoel Nunes Lupo Garrido (BA). Assistentes: Adson Márcio Lopes Leal e Elicarlos Franco de Oliveira. Gols: Assis, aos 33; e Fred, aos 45 do primeiro. Luciano Henrique, aos oito do segundo. Cartões amarelos: Chicão, Sandro Manoel e Dênis Marques.
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