A veterinária do hotel para cachorros Petit Pet, Adriana Leão, conta que para ser considerado idoso, o cachorro de pequeno porte deve ter a partir de sete anos; já os grande porte, de seis a sete anos. Com essas idades, há uma tendência de os cães apresentarem algumas diferenças nos pelos. “Normalmente, cães de pelo escuro ficam mais claros ou brancos. Nesse caso, é indicado o uso de shampoo neutro”, ensina.
O avanço da idade também traz outras modificações. Segundo Marcelo Teixeira, professor do Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal (DMFA) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com a diminuição no metabolismo, o cão fica menos ativo, com menor disposição para atividades físicas e com maior tendência de se tornar obeso. “As doenças mais frequentes entre os animais idosos são diabetes, obesidade e problemas cardíacos e nos ossos. É importante ir, a cada três meses, ao veterinário para realizar exames cardíaco e de sangue”, alerta.
Beber bastante água e urinar mais que o normal, são características que podem indicar a diabetes, mas o diagnóstico deve ser dado somente por um veterinário através de exame de sangue. Teixeira afirma ainda que a mudança da alimentação é essencial, pois a ração recomendada para cães idosos possui menos calorias, determinante para evitar a obesidade.
O administrador Frederico Vieira, 39 anos, teve que mudar a ração que o poodle Toy Banzé, de 11 anos, comia por indicação do veterinário. “Por ele apresentar problemas cardíacos, preferi adequar a alimentação dele à idade comprando a ração correta”.
Para manter uma rotina saudável mesmo com a idade avançada, é importante que o cão pratique exercícios de acordo com o recomendado pelo seu veterinário. “Antes de qualquer atividade, é importante fazer análise cardiológica para saber o estado de saúde do animal”, explica a adestradora comportamental Aina Bosch. Adequar a frequência de atividades à rotina do animal e do dono, pode causar menos danos à saúde. “Para o animal que não está acostumando, é indicado fazer caminhada com ritmo gradual começando com, no máximo, uma hora diária”. Outras atividades que podem ser acrescentadas à rotina do animal são natação e agility.
A estudante Mariana Cavalcanti conta que mesmo com 14 anos, o poodle Toby, que ela cria desde pequeno, ainda tem energia para brincar e correr. “Ele sempre teve muita energia, hoje, ainda que cardíaco, brinca e pula. Procuro manter uma rotina caminhando com ele todos os dias”. Mariana também procura alternativas para tornar a rotina do Toby mais confortável. “Ele tem artrose e para diminuir as dores, comprei uma almofada e um cobertor para ele dormir”, comenta Adriana.
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