RIO DE JANEIRO - Em passagem relâmpago pela Feira de Turismo das
Américas (Abav), na última quarta, no Rio, o governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, falou sobre as conquistas e desafios do turismo local.
Confira a entrevista.
ESTRATÉGIA
O turismo é um fator muito importante
para o desenvolvimento de Pernambuco. E tem tido, da nossa parte, uma
atenção especial. Primeiro, lá no início do governo, desenhamos um
planejamento estratégico para saber qual é o turismo que queremos, onde é
que nós queremos que os turistas estejam e, claro, para entender os
principais mercados emissores. Saber isso possibilita definir o que
devemos buscar para termos voos, para divulgar destinos, para firmar
parcerias. Eu acho que é um momento bastante bonito do turismo no
Nordeste e, particularmente, de Pernambuco.
DIVERSIDADE
Como nós queremos ser reconhecidos
pelo turista brasileiro? E pelo turista estrangeiro? Será que apenas
como um destino turístico de praia e sol? Não. Mas sim como um destino
que tem a beleza de uma cena cultural extraordinária. Temos diversidade.
E não só no litoral, mas também no interior, no Semiárido, no São
Francisco. Queremos ser conhecidos por nosso ciclo junino, por nosso
Carnaval, por nosso artesanato.
COPA
Eu acho que a gente está consolidando muito
bem o setor de turismo de negócios. Percebe-se que é algo que tem
atingido taxas de ocupação, na hotelaria e na gastronomia, muito
expressivas. E a Copa chega, justamente, nesse momento muito especial da
vida pernambucana. A Copa coincide com um momento pujante da nossa
economia, quando tem muita coisa boa acontecendo. Isso com certeza vai
fazer a diferença. Estudos técnicos mostram que o fluxo de turistas
tende a aumentar 30% depois do Mundial. Queremos atingir essa meta e é
para isso que estamos trabalhando.
MALHA AÉREA
A malha aérea do Nordeste é péssima.
Nós precisamos de uma ação do governo federal, da Agência Nacional de
Aviação Civil (Anac) e de políticas públicas que possam garantir o
direito do nordestino de ir e vir como acontece no resto do País. Hoje,
para ir de uma capital a outra no Nordeste é uma verdadeiro sufoco. Em
regra, nós já temos bons aeroportos na região, fruto de um esforço do
governo federal. Agora, precisamos de políticas públicas que garantam o
funcionamento dos voos. Estamos cansados de ver voos serem implantados e
a concorrência predatória desse mercado matar aquele destino. Isso é um
absurdo. O Fórum dos Governadores do Nordeste já apresentou ao
Ministério da Defesa, há mais de dois anos, uma série de propostas de
políticas para ajudar a malha aérea regional. Estamos aguardando ação.
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