"É uma mentira", disse a jornalistas, que faziam a cobertura do evento.
Em companhia do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, que
também é citado por Marcos Valério, o ex-presidente disse a
interlocutores que estava "tranquilo" com o depoimento, o qual
considerou inverídico. Mais cedo, por meio de sua assessoria de
imprensa, o ex-presidente petista afirmou que "não há comentários" a
fazer sobre o episódio. A acusação do publicitário foi publicada nesta
terça-feira pelo jornal "Estado de S. Paulo", que teve acesso a
depoimento de Marcos Valério à Procuradoria Geral da República.A presidente Dilma Rousseff, que assim como Lula está em Paris, saiu em defesa do ex-presidente. Ela afirmou que se trata de tentativas de desgastar a imagem do presidente Lula.
"Todos sabem do meu respeito e da minha amizade pelo presidente Lula. Então, eu repudio todas as tentativas, e essa não seria a primeira vez, de tentar destituí-lo da sua imensa carga de respeito que o povo brasileiro lhe tem. Respeito porque o presidente Lula foi o presidente que desenvolveu o país e é responsável pela distribuição de renda mais expressiva dos últimos anos, pelo que fez internacionalmente, por sua extrema amizade pela África, por seu olhar para a América Latina e pelo estabelecimento de relações iguais com os países desenvolvidos do mundo", disse a presidente em coletiva ao lado do presidente da França, François Hollande, no Palácio do Eliseu.
"Eu acredito que essa é uma questão que devo responder no Brasil, mas não poderia deixar de assinalar que eu considero lamentáveis essas tentativas de desgastar a imagem do presidente Lula. Acho lamentável", completou.
Aos seus assessores, Lula tem dito que nunca teve nenhum contato pessoal com Marcos Valério e que as declarações seriam "fantasiosas".
Segundo Valério, os recursos foram depositados na conta da empresa do ex-assessor da Presidência Freud Godoy. De acordo com a reportagem, Lula teria dado um "ok" ao esquema em reunião no Palácio do Planalto com a participação do então ministro José Dirceu e o então tesoureiro do PT Delúbio Soares, para os empréstimos com os bancos BMG e Rural, que serviram para o pagamento de deputados da base.
Lula participou em Paris do encontro internacional "Fórum pelo Progresso Social. O Crescimento como Saída para a Crise", no qual estiveram presentes também Dilma e o presidente da França, François Hollande. O seminário foi promovido pela Fundação Jean-Jaurès e pelo Instituto Lula.

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