terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Reeditado, longa “Xingu” vira série e estreia nesta terça-feira



Em 2012, Maria Flor fez apenas aparições pontuais, em séries como “As Brasileiras” e “A Grande Família”. Mas, a partir desta terça-feira (25), no segundo horário da linha de shows da Globo, a atriz poderá ser vista na pele de Marina em “Xingu”. A microssérie foi adaptada a partir do filme homônimo de Cao Hamburger lançado em 2012. O longa original foi reeditado e a versão para a TV, com quatro capítulos, ganhou cenas extras. Baseada em fatos reais, a produção conta a história de três irmãos que lutam pelos direitos dos povos indígenas no Brasil. “Foi muito importante ir ao Xingu e ficar hospedada em ocas com famílias indígenas. Essa é uma das melhores partes de ser ator: ter experiências que você não teria normalmente”, analisa.

Na trama, os irmãos Villas-Bôas decidem se aventurar em uma expedição do governo para promover a interiorização do País e acabam descobrindo uma variedade de culturas indígenas, o que os leva a criar uma reserva para proteger esses povos. Mas o contato direto com o homem branco prejudica a saúde dos integrantes das aldeias, por causa de doenças, como a gripe. Então, a personagem de Maria Flor, uma enfermeira, é designada para vacinar os índios. “Ela é levada para o parque, durante seu processo de abertura, pelo seminarista Noel Nutels”, conta. Ao chegar na reserva ambiental, Marina conhece Orlando Villas-Bôas, de Felipe Camargo, um dos irmãos fundadores do lugar. Os dois se apaixonam e resolvem viver juntos no Xingu. E é lá que eles criam seus dois filhos. 
Para compor a personagem, Maria conversou com a própria Marina Villas-Bôas e seu filho mais novo, Noel. A enfermeira revelou à atriz histórias da época em que vivia na reserva ambiental. Entre elas, o sofrimento de seu marido com as diversas manifestações de malária, a amizade pouco retratada dos irmãos Claudio e Orlando e a criação de seus filhos dentro da cultura indígena. “Ela me recebeu em casa. É uma mulher muito interessante e aberta”, garante. 
Apesar da trama se passar dentro do Parque Nacional do Xingu, apenas 10% do filme foi rodado lá. Para evitar maiores transtornos no dia a dia das aldeias da reserva, a maior parte das cenas da produção foi captada na região do Jalapão, no Tocantins. Ao todo, foram três meses de filmagens, mas as sequências de Maria Flor duraram menos de 30 dias. “Na reserva mesmo eu só fiquei sete dias, mas foi ótimo poder entender um pouco essa cultura que a gente não tem muito acesso”, explica. 
MARIA
Aos 29 anos, Maria Flor ainda não completou uma década de carreira na TV. Entretanto, já tem em sua trajetória um número considerável de trabalhos. Depois de estrear em “Malhação”, participou de três novelas: “Cabocla”, adaptada por Edmara Barbosa e Edilene Barbosa, “Belíssima”, de Sílvio de Abreu, e “Eterna Magia”, escrita por Elizabeth Jhin.
Também protagonizou a série “Aline”, inspirada nos quadrinhos de Adão Iturrusgarai, onde viveu uma garota libertária que namora dois rapazes ao mesmo tempo. Atualmente, além de produzir e protagonizar a nova série do Multishow, “Do Amor”, dirigida por sua mãe Márcia Leite, Maria tem se dedicado ao cinema. Com 11 filmes brasileiros no currículo, a atriz lançou, em 2012, carreira internacional com o longa “360”, de Fernando Meirelles.
Sua personagem é uma mulher que decide tentar a sorte em Londres junto com o namorado. Mas, ao descobrir que é traída, resolve voltar para o Brasil. “Trabalhei ao lado de Anthony Hopkins, então foi muito especial. Eu ambiciono a carreira internacional, mas sou brasileira e tenho minha história aqui”, conclui.

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