
Após 43 anos do assassinato do religioso, os nomes são divulgados com base em informe confidencial ao chefe do SNI, em Brasília, general Carlos Alberto da Fontoura, datado de 30 de junho de 1970. Nele, o regime militar identificou como autores “jovens radicais da direita em co-autoria com investigadores da Polícia Civil de Pernambuco”. Há, também, a confirmação de que o crime teve motivação política, visando a atingir o arcebispo de Olinda e Recife, dom Helder Câmara, em razão da atuação social de Padre Henrique.
Os documentos, concluem a Comissão da Verdade Estadual, isentam de participação o investigador Henrique Pereira da Silva, o X-9 (falecido), sempre citado como um dos autores da morte do Padre Henrique, e mais as pessoas presas na ocasião.
A Comissão da Verdade chegou à conclusão com base nos autos do processo de investigação conduzido pelo promotor José Ivens Peixoto, já falecido, que nunca fez a pronúncia dos acusados – devido à orientação do Ministério da Justiça e do SNI. Por agir para omitir a apuração real e os nomes dos verdadeiros autores, e impedir a pronúncia dos mesmos, são acusados pela Comissão como cúmplices do trucidamento o então ministro da Justiça, jurista Alfredo Buzaid (falecido), dois assessores jurídicos do Ministério e o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), em razão da submissão e omissão do promotor José Ivens Peixoto.
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