terça-feira, 25 de junho de 2013

Médicos de Pernambuco realizam paralisação de 24 horas nesta terça-feira

Médicos de todo o Estado que atuam em serviços eletivos realizam, nesta terça-feira (25), uma paralisação de 24 horas. Todas as consultas em ambulatórios e nos Postos de Saúde da Família (PSFs) deverão ser reprogramadas. Os atendimentos em urgências e emergências, em hospitais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) serão mantidos. O ato foi criado após o anúncio em rede nacional da presidente da República, Dilma Rousseff, de que iria trazer milhares de médicos estrangeiros para trabalhar no País. 
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de Pernambuco (Simepe) Mário Jorge Lobo, o pronunciamento da presidenta Dilma atropelou uma negociação que vinha sendo realizada entre as entidades nacionais e o Ministério da Saúde. Desde que o Governo Federal anunciou que traria médicos estrangeiros para atuar no Brasil sem a exigência do Revalida foi criado um grupo de trabalho para discutir o assunto.
Entretanto, o Brasil é aberto à entrada de médicos formados no exterior, desde que passem por um exame intitulado Revalida que verifica a capacidade e a competência dos profissionais que querem clinicar em território brasileiro. O teste é promovido pelos Ministérios da Saúde e Educação, que avaliam o conhecimento do candidato em língua portuguesa, verificação do currículo e a comprovação de aprendizagem técnica. Os profissionais que passarem por esta bateria de provas poderá ficar no País por tempo indeterminado.
Uma mobilização nacional está sendo marcada para ocorrer no próximo dia 1º de julho. Além disso, nesta terça-feira (25) acontecerá uma assembleia geral, às 14h, no Memorial de Medicina, localizada no bairro do Derby, na área Central do Recife, para discutir as próximas ações da mobilização. Esse encontro já estava definido para ocorrer com médicos da Prefeitura do Recife, mas foi estendida a toda a categoria que trabalha em unidades de saúde do Estado, municípios e do Governo Federal. Atualmente, cerca de 1, 5 mil médicos atendem na Capital pernambucana e seis mil na rede estadual. 
CISAM
Servidores do Cisam realizaram assembleia, na última sexta-feira (21), decidindo entrar em greve nesta terça-feira (25). O principal motivo da reivindicação da categoria é o pagamento da gratificação de desempenho que deveria ser pago em maio, referente a março. Além disso, outro motivo são as reformas do Cisam que, desde março, já distribuiu cerca de 400 servidores nas maternidades do hospitais Barão de Lucena e Agamenon Magalhães, de Recife, Olinda e Camaragibe. Além da gratificação, os servidores reclamam de assédio moral nos atuais locais de trabalho, muitos chegaram a pedir transferência para outras unidades.
De acordo com João Veiga, superintendente do Complexo Hospitalar da UPE, em Camaragibe, o números de partos subiu de 17 para mais de 150 mensais. O aumento seria suficiente para que os servidores recebessem uma gratificação no mesmo valor dos outros funcionários das demais unidades acolhedoras. Ainda de acordo com João, no dia 07 de junho,foi realizada uma reunião com os secretários de saúde do Estado, na Reitoria da UPE, para tentar negociar o pagamento da categoria, já que em julho vence o prazo para o pagamento da produtividade de abril. As secretarias de Saúde do Estado e de Olinda confirmaram o pagamento da gratificação referente ao mês de abril. Em Camaragibe foi comunicado a impossibilidade do pagamento, já o Recife não fez pronunciamento algum sobre o assunto. 

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