“Pressing” da Seleção Brasileira dá resultado: 2x0 sobre o México

Um mérito de Felipão no seu (ainda) curto trabalho na Seleção Brasileira é a exigência do “pressing”, a marcação pressão, apenas ensaiada pelo Brasil na época de Mano Menezes. Havia a filosofia, mas faltava intensidade. Agora não falta mais. Diante do perigoso México, hoje, na Arena Castelão, o Brasil impôs seu jogo em boa parte do tempo.

A vitória deixou a sensação de que o conjunto de Felipão começa a encorpar. Os fortalezenses deixaram o estádio satisfeitos. Com seis pontos, a equipe nacional está muito próxima segunda fase. Um empate entre Japão e Itália, hoje, na Arena Pernambuco, já basta. O Brasil ainda terá a Itália pela frente.

Nesse início de Copa das Confederações, o atacante Neymar está tendo alguns de seus melhores momentos vestindo a camisa da Seleção. O craque do Barcelona mostrava que estava totalmente integrado ao jogo logo nos primeiros minutos, abrindo espaços e alternando bem entre as jogadas individuais e as trocas de passe. 

Foi logo recompensado: Daniel Alves cruzou, a zaga afastou e o atacante bateu de canhota, um lindo sem pulo, sem chances para Corona. Depois dos 15 minutos, o México melhorou, conseguindo equilibrar as ações. Mas não apresentava a agressividade que seu técnico tanto pediu nas entrevistas. Neymar quase ampliou, após bela dominada no peito, aos 25.

No retorno do intervalo, o Brasil retomou as rédeas do jogo. Oscar e Paulinho, pelo centro, conduziam o avançar das peças. No lado esquerdo ataque, Neymar e Marcelo infernizavam os mexicanos. Novamente com o menino do moicano, o Brasil quase chegou ao segundo gol. Ele limpou no canto da área e bateu firme, mas Corona estava atento e espalmou para escanteio.

Nos últimos 10 minutos, o México ensaiou uma pressão para empatar a partida. E quase chegou ao objetivo com Guardado, aos 37, em chute cruzado. Contudo, faltou gás aos atletas de José Manuel de la Torre.

O Brasil já ensaiava o segundo nos contra-ataques. Mas só aos 47 a festa se tornou completa. Neymar fez uma jogada espetacular pela direita, deixando dois marcadores para trás com um drible desconcertante. Seu espírito de grupo falou alto e ele rolou para Jô estufar as redes, também marcando seu segundo tento na competição. 

Ficha técnica

Brasil
Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Luiz Gustavo, Paulinho e Oscar (Hernandes). Neymar, Hulk (Lucas) e Fred (Jô). Técnico: Luís Felipe Scolari.

México
Corona; Gerardo Flores (Herrera), Francisco Rodrígues, Héctor Moreno e Salcido; Torrado (Jiménez), Guardado, Jorge Torres (Barrera), Mier e Giovani dos Santos; Chicharito Hernandez. Técnico: José Manuel de la Torre.

Local: Arena Castelão (Fortaleza)
Gols: Neymar (aos 8 do 1ºT) e Jô (aos 47 do 2ºT)
Árbitro: Howard Webb (Inglaterra)
Auxiliares: Michael Mullarkey e Darren Cann