O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez sua análise sobre os
protestos recentes ocorridos no País, em sua coluna mensal distribuída
pelo jornal New York Times. Em texto publicado nesta terça-feira, 16,
Lula discorda da ideia de que as manifestações reflitam uma rejeição à
política e acredita que também sejam resultado das políticas sociais e
econômicas adotadas pelo País nas décadas recentes.
No texto, em inglês, Lula afirma ainda que os protestos vão encorajar
as pessoas a participar mais ativamente da política. O ex-presidente
procura responder os motivos que levaram os jovens às ruas do Brasil, já
que o País vive um bom momento econômico. Para Lula, os protestos foram
motivados por pessoas que queriam serviços públicos de melhor qualidade
e instituições políticas mais transparentes.
O
ex-presidente destacou ainda o uso das redes sociais nesse processo e
afirmou que os jovens querem ser ouvidos. Para isso, sugere, devem ser
pensadas novas formas de participação e as instituições devem usar as
novas tecnologias como instrumento de diálogo e não como "mera
propaganda".
Ao PT, seu partido, Lula recomendou uma
"profunda renovação". Segundo ele, é preciso que a sigla recupere a
ligação com movimentos sociais e ofereça "novas soluções para novos
problemas".
Ao final do texto, Lula elogiou a iniciativa da
presidente Dilma Rousseff ao sugerir o plebiscito para a reforma
política e ao propor um "compromisso nacional" para melhorar a saúde,
educação e o transporte público.
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