Uma pesquisa da Faculdade de Odontologia de Ribeirão Preto (FORP) da USP mostrou resultados favoráveis no uso de laser para a prevenção de cárie radicular (na raiz dos dentes). A técnica substituiria a caneta de alta rotação, o famoso “motorzinho”, uma vez que seu objetivo é prevenir a evolução do problema para que não sejam necessários métodos de restauração.
A cárie radicular é uma das principais causas de perda dos dentes em adultos e acomete cerca de 40% a 60% da população. Este tipo de lesão atinge mais pessoas acima dos 50 anos. Isso porque, por motivos fisiológicos ou patológicos, ocorre a retração da gengiva, com isso a raiz do dente fica descoberta e, assim, mais suscetível à cárie. “Como na raiz não tem esmalte para proteção da dentina, esse tipo de lesão é mais rápida”, diz a professora Regina Guenka Palma-Dibb, da FORP da USP, que orientou a pesquisa.
A prevenção e controle de cárie atualmente são feitos com aplicação de flúor e controle do biofilme oral (placa bacteriana). Mas, segundo a professora, o efeito do flúor se mostrou mais limitado que o do laser. A pesquisa comprovou que o tratamento possui uma boa eficiência na remoção da cárie e tem alta aceitabilidade pelo paciente. “O laser proporciona um tratamento mais tranquilo, pois não produz o barulho dos motorzinhos, e, em cavidades não muito fundas, normalmente não precisa de anestesia”, afirma Regina.
Ainda assim, a professora lembra que para prevenir a cárie, o ideal é fazer uma boa limpeza diária e evitar a ingestão de açúcar entre as refeições.
Crianças
Uma outra pesquisa desenvolvida pelo mesmo time foi realizada com 35 crianças de 7 a 9 anos de idade, que tinham sinais da doença cárie e algumas lesões iniciais. Desta vez, o laser foi aplicado nos dentes de leite e permanentes para prevenir a cárie oclusal (esmalte). Apenas uma aplicação foi feita, e os pacientes foram acompanhados a cada seis meses durante dois anos.
Uma outra pesquisa desenvolvida pelo mesmo time foi realizada com 35 crianças de 7 a 9 anos de idade, que tinham sinais da doença cárie e algumas lesões iniciais. Desta vez, o laser foi aplicado nos dentes de leite e permanentes para prevenir a cárie oclusal (esmalte). Apenas uma aplicação foi feita, e os pacientes foram acompanhados a cada seis meses durante dois anos.
Os dentes de leite que caíram foram avaliados em laboratório para verificar se o tratamento realmente tinham surtido efeito, além do visualizado clinicamente. Em comparação com o tratamento convencional – resina e flúor –, o estudo teve resultado favorável para o uso de laser.
A cárie coronária é o tipo mais comum que ocorre tanto em criança como em adultos. A lesão é localizada nas superfícies de mastigação ou entre os dentes. “Em crianças, isso ocorre devido à falta de habilidade em passar o fio dental”, diz a professora.
No caso de prevenção de cárie de esmalte, o laser deve ser reaplicado a cada seis meses em dentes permanentes e nove meses em dente de leite. Não é preciso preparo prévio para a aplicação, os dentes apenas precisam estar limpos e secos.
Tempo
Segundo Regina, os equipamentos de laser já podem ser usados em consultório. O escolhido para a pesquisa clínica possui registro na ANVISA e já é comercializado, porém, o custo é alto. Outro ponto que pode atrasar a utilização deste tratamento é que o profissional precisa saber aplicá-lo para que não haver danos ao paciente. “É um equipamento que precisa de habilidade e conhecimento”, afirma.
Segundo Regina, os equipamentos de laser já podem ser usados em consultório. O escolhido para a pesquisa clínica possui registro na ANVISA e já é comercializado, porém, o custo é alto. Outro ponto que pode atrasar a utilização deste tratamento é que o profissional precisa saber aplicá-lo para que não haver danos ao paciente. “É um equipamento que precisa de habilidade e conhecimento”, afirma.
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