O artista plástico pernambucano Gilvan Samico, 85 anos, morreu por volta das 10h30 desta segunda-feira (25), devido a um câncer incurável na bexiga. Ele estava internado no Hospital Português, no bairro do Paissandu, em Recife, e recebia tratamentos paliativos. O corpo foi velado na instituição e suege para o Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista. O crematório está marcado para às 21h.
Gravador, pintor, desenhista e professor, Gilvan José Meira Lins Samico nasceu em Recife, em 15 de junho de 1928. Sua carreira foi influenciada por Oswaldo Goeldi e Livio Abramo, artistas do expressionismo. Em 1952 fundou o Ateliê Coletivo da Sociedade de Arte Moderna do Recife (SAMR) junto com outros artistas e estudou xilogravura - arte de talhar desenhos em madeira e imprimir no papel ou em outro suporte e sua principal técnica de trabalho - com Lívio Abramo na Escola de Artesanato do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP), em 1957.
Chegou a passar dois anos na Europa e em sua volta, no ano de 1971, passou a integrar o Movimento Armorial, voltado à cultura popular nordestina, à convite de Ariano Suassuna. Seu trabalho é marcado por elementos da cultura popular nordestina, com inspirações do cordel e usos criativos da xilogravura
Atualmente, Samico morava em Olinda, mas fazia tratamentos em Recife e São Paulo poconta da doença. Sua produção conta com mais de 100 obras.
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