segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Secretário informou que medicamento de bebê com trombofilia não tinha eficácia

Durante a inauguração de um novo ambulatório no Hospital Barão de Lucena, que aconteceu na manhã desta segunda-feira (25), o secretário de Saúde de Pernambuco, Antônio Figueira, informou que não houve relação entre a falta do remédio e a morte do bebê com trombofilia, no último sábado (23). Matheus Henrique, de um ano e quatro meses, recebia do Governo o medicamento Ceprotin, cujo fornecimento foi interrompido por duas vezes em um ano, de acordo com a Defensoria Pública do Estado.
Segundo Figueira, todo o medicamento foi disponibilizado. "Nada vai confortar os pais que perderam o filho, mas o remédio não tem eficácia. Os Estados Unidos não aprovaram o medicamento, que não existe na prateleira de nenhuma farmácia do mundo. Mesmo assim, nós garantimos o medicamento, como cumprimento de decisão judicial. Vários pacientes com deficiência na Proteína C não têm essa prescrição", comentou.
Ainda de acordo com Figueira, apenas uma fábrica formula o remédio. "O medicamento só é feito sob encomenda em apenas uma fábrica. Nós compramos mais de R$ 2 milhões. O problema é que a prescrição mudou e o medicamento tinha que ser fabricado. A gente entende a revolta da família, mas tudo foi feito pelo Governo para ajudar a criança", revelou o secretário.
A Secretaria de Saúde (SES) informou, através de nota, que o paciente havia ficado sem o remédio por apenas alguns dias no período de um ano. Ao todo, foram adquiridas 780 ampolas do medicamento, em um investimento de mais de R$ 2 milhões. “Com essas aquisições, o garoto estava com estoque suficiente para os próximos três meses”, conforme explicou a instituição, que afirmou que mudanças nas dosagens, sem a prévia comunicação à SES, foram fator prejudicial ao planejamento do estoque. Em contrapartida, a Defensoria declarou que o aumento foi informado.

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