De maneira incontestável, o Santa Cruz comemorou o título perante a torcida. Viu um dos principais heróis e símbolos desse novo momento tricolor, o goleiro Tiago Cardoso, levantar a taça. Foi a quarta conquista do paredão com a camisa coral. A torcida foi ao delírio. Comemorou, chorou. Talvez, nem tanto por ser campeão. Mas por sentir que, enfim, o “pesadelo” acabou. Os gols do título tricolor foram anotados por Dedé (no primeiro tempo) e pelo xodó Flávio Caça-Rato (logo no início do segundo tempo). Aos 34, Cleitinho ainda descontou. Mas já era tarde demais. O taça já tinha dono.
O jogo
Desde os primeiros minutos de jogo, a vontade de ser campeão era maior do lado coral. A briga pela bola, a garra nas divididas, o folêgo de Natan, incansável. Tudo isso conseguiu superar a maior carência do Santa Cruz em campo: a falta de um homem de referência no ataque. Com Caça-Rato até então pouco inspirado (e sem André Dias, machucado, e Dênis Marques, barrado), restou à união do grupo suprir as necessidades. O Tricolor pernambucano dominou a maior parte do primeiro tempo. Foi melhor. Aos 15, Caça-Rato perdeu uma chance incrível, ao furar a bola na pequena área.
Ainda que o Sampaio Corrêa não jogasse uma boa partida, a equipe maranhanse não se deu por vencida em momento algum. Tiago Cardoso evitou pelo menos duas oportunidades claras de gols produzidas em contra-ataques rápidos. Seguro na defesa, faltava o setor ofensivo fazer a sua parte. Coube aos volantes corais fazerem as vezes de atacantes. Aos 33, Sorriso (que havia perdido boa chance 4 minutos antes) arriscou de longe. O goleiro espalmou para o meio da área e Dedé mandou para as redes. Era o gol que o Santa precisava para ganhar mais tranquilidade no jogo.
Tranquilidade pouca, comparado ao que viria no segundo tempo. Afinal, logo no primeiro minuto da etapa final o Mais Querido ampliou a vantagem. Até então apagado em campo, Caça-Rato recebeu grande passe de Dedé e deu um tapa com a perna esquerda. A torcida foi ao delírio. Desde então, já passou a gritar “é, campeão!”. Certeza que se tornou ainda maior quando logo depois, quando Tiago Cardoso fez grande defesa após bicicleta de Mimica. Guerreiro, o Santa Cruz seguiu melhor em campo e segurou o placar até os 34 minutos, quando Cleitinho entrou pela direita e mandou para as redes. Um rápido momento de tensão. E só. Depois, só comemoração, emoção e festa completa no Arruda, que explodiu em alegria ao apito final.
Ficha do jogo
Santa Cruz 2
Tiago Cardoso, Oziel, Everton Sena, Renan Fonseca e Tiago Costa (Panda), Sandro Manoel, Dedé, Luciano Sorriso (Léo), Natan e Renantinho; Flávio Caça-Rato (Siloé).
Técnico: Vica.
Sampaio Corêa 1
Rodrigo Ramos; Toti, Robinho, Mimica (Rayllan) e Airton; Jonas, Arlindo Maracanã, Eloir e Cleitinho; Lucas (Edgar) e Leandro Kivel (Júnior Chicão).
Técnico: Flávio Araújo.
Local: Arruda. Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP). Assistentes: Vicente Romano Neto (SP) e Neuza Ines Back (SC). Gols: Dedé e Flávio Caça-Rato (SC); Cleitinho (SAM). Cartões amarelos: Renatinho (SC); Airton, Mimica, Leandro Kivel (SAM) Público:33.887 e Renda: R$ 887.845,00
Técnico: Flávio Araújo.
Local: Arruda. Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP). Assistentes: Vicente Romano Neto (SP) e Neuza Ines Back (SC). Gols: Dedé e Flávio Caça-Rato (SC); Cleitinho (SAM). Cartões amarelos: Renatinho (SC); Airton, Mimica, Leandro Kivel (SAM) Público:33.887 e Renda: R$ 887.845,00
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