BRASÍLIA (Reuters) - A crise europeia está abrindo uma janela de oportunidade diplomática para o Brasil e o governo sabe disso.
Diante dos apelos que vêm da zona do euro para que os emergentes auxiliem na recuperação da região, a decisão dentro do Palácio do Planalto é de que, sim, o país pode ajudar, mas quer contrapartidas que o fortaleça diante do cenário político-econômico global.
O alvo vai desde ampliar poderes dentro de organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), até ganhar status maior dentro do cenário externo.
Fontes do governo e especialistas ouvidos pela Reuters concordam que o momento é bom para fortalecer o país lá fora, e ressaltam que o caminho econômico é o mais adequado.
"A atitude brasileira é legítima e justificada. As nações e as economias se fortalecem neste tipo de situação (de crise internacional)... Acho legítimo que o país busque ocupar o espaço que lhe cabe", afirmou uma importante fonte da equipe econômica à Reuters.
A intenção já tem ficado clara em discursos de importantes autoridades brasileiras. A própria presidente Dilma Rousseff afirmou que uma eventual ajuda à Europa poderia ocorrer via FMI, mas desde que respeitadas as reformas aprovadas em 2010, que elevaram a fatia dos emergentes no Fundo. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, também faz coro.
Na próxima semana, Dilma e Mantega vão participar da reunião do G20 --grupo com as vinte mais importantes economias do mundo--, onde vai ser discutida a situação global.
Em um encontro prévio, nesta semana, autoridades europeias chegaram a um acordo sobre medidas para enfrentar a crise de dívida soberana no continente e solicitaram ajuda dos emergentes.
Fonte:reuters
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