O Ministério do Esporte cancelou ontem sete convênios do programa Segundo Tempo que somam R$ 9,4 milhões.
Algumas dessas instituições tiveram os nomes envolvidos em irregularidades e têm ligações com membros do PC do B.
Convênios de ONGs com o programa provocaram uma crise no ministério que culminou na saída de Orlando Silva da pasta na última quarta-feira.
Orlando e políticos do PC do B foram acusados pelo policial João Dias, dirigente de ONG, de receber dinheiro desviado do programa, que oferece esporte a crianças de escolas públicas. Orlando nega.
O ministério informou, por meio da assessoria de imprensa, que não iria responder o motivo da rescisão porque foi procurado às 17h20.
Entre as entidades com contrato cancelado está a Associação Ação Solidária e Inclusão Social, de Brasília, que recebeu R$ 372.260,96 para atender 1.182 crianças.
A associação fica nos fundos de um lote numa cidade próxima a Brasília e é comandada pelo casal Ronaldo Firmino da Silva e Gláucia Nunes, ligados ao vice-presidente do PC do B no DF, Apolinário Rebelo, irmão do novo ministro Aldo Rebelo.
Nesse caso, o ministério cancelou a prorrogação do contrato que iria até fevereiro de 2012. A reportagem não localizou a entidade.
A lista inclui ainda a Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado da Bahia, que assinou convênio no valor de R$ 2 milhões.
A entidade é dirigida por um militante do PC do B, Cláudio Silva Bastos. Ele não foi localizado ontem. Há outros três convênios cancelados que receberam mais de R$ 2 milhões cada.
Alguns dos contratos cancelados ontem foram assinados pelo Secretário Nacional de Esporte Educacional, Fabio Hansen, que aparece numa gravação feita pelo policial do esquema o orientando a burlar a fiscalização do ministério.
Fonte: correio do povo
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