A novela que acontece no cenário mundial entre a americana Apple e a sul-coreana Samsung ganhou mais um capítulo. E, pelo menos para uma dessas empresas, ele é dramático. Na última sexta-feira, a Samsung ultrapassou a gigante Apple no número de smartphones postos à venda. Enquanto a americana vendeu, de julho a setembro de 2011, 17,1 milhões de unidades, a asiática alcançou a quantidade de 27,8 milhões de aparelhos no mercado. Para o analista Bruno Freitas, do instituto IDC, em entrevista ao Terra, apesar de repentino, este é um movimento natural.
Para além de uma simples mudança de posições, a ultrapassagem merece atenção especial. A Apple é a responsável por inaugurar, com o então revolucionário iPhone em 2007, a categoria "smartphone" - o celular inteligente de acabamento sofisticado que trazia para o bolso do usuário um pequeno e potente computador pessoal. A Samsung, que tem mais de 70 anos de história, se arriscou neste mercado no início de 2010. É essa também a data que marca uma batalha, em escala mundial, travada entre as duas companhias. Elas brigam na Justiça, desde abril de 2011, por direitos intelectuais e de patentes justamente dos smartphones e dos tablets delas.
Há uma série de fatores que podem explicar a situação. Um deles é simplesmente porque o mundo hoje é diferente de 2007. "O mercado de smartphones se popularizou nos últimos anos. Muitos players (as empresas) diversificam o portfólio e, com isso, abocanham uma fatia de mercado maior. A Apple cresce, mas se mantém basicamente voltada a um mercado chamado de premium", diz Freitas.
O que o analista quer dizer é que, na brecha de mercado da companhia fundada por Steve Jobs, concorrentes conseguem triunfar. "A Samsung conta com uma série de smartphones, que vão da linha premium mais sofisticada aos produtos low-endcom acabamento simples, que são mais baratos", exemplifica Freitas.
O presidente da consultoria de telecomunicações Teleco, Eduardo Tude, também em entrevista ao Terra, acredita ser cedo demais para cantar a vitória sul-coreana. Para ele, o clima de atenção devido ao então afastamento de Jobs do cargo de CEO da Apple e os constantes rumores de um novo iPhone 5, que não se concretizaram, contribuíram para a queda na venda e a ascenção da concorrente. "As pessoas tenderam a esperar e não se arriscar em um período de dúvidas", explicou Tude.
A Apple pode ter inaugurado uma categoria em 2007 e, até certo ponto, criado um mercado que é só dela. A questão é que, com o avanço e a popularização da tecnologia, ela fugiu das mãos da companhia da maçã e, de modo natural, se espalhou pelo mundo. O que a Samsung fez foi aproveitar oportunidades para expandir um mercado que, mesmo não tendo sido criado por ela, se adaptou e se tornou acessível em esfera planetária.
O sucesso do Android para o triunfo da Samsung
Se ainda pode parecer cedo para chamar a atual liderança da Samsung de um triunfo - uma vez que o mercado não está consolidado -, o sucesso do Android é inegável. O sistema operacional para dispositivos móveis do Google tem pouco mais de três anos de existência (foi lançado em 21 de outubro de 2008) e já está instalado na maior parte dos novos smartphones e tablets no mercado.
Tudo isso porque o Android não é o sistema proprietário de um fabricante - como é o iOS da Apple. Ele pode ser usado em diferentes marcas e modelos de dispositivos móveis. A questão é que, no caso da Samsung, ele foi o grande "salvador da colheita". A maior parte dos smartphones e tablets da companhia sul-coreana vem com alguma versão do SO do Google. "Aqui, estamos falando de uma associação de marcas. São pelo menos Samsung, Android e Google, que, de uma maneira ou outra, faz parte do imaginário do usuário hoje", afirma Freitas.
Somente a força da marca Android, no entanto, não explicaria os novos números. Em conjunto com a soma de nomes famosos na tecnologia, está a qualidade dos aparelhos da Samsung. O recente smartphone Galaxy S II, por exemplo, se impõe no mercado como direto concorrente do iPhone 4 e 4S em pelo menos três aspectos: preço, design e capacidade. "O know-how conhecimento da Samsung dos dispositivos móveis não pode ser desprezado", diz o analista do IDC.
Fonte: terra
Para além de uma simples mudança de posições, a ultrapassagem merece atenção especial. A Apple é a responsável por inaugurar, com o então revolucionário iPhone em 2007, a categoria "smartphone" - o celular inteligente de acabamento sofisticado que trazia para o bolso do usuário um pequeno e potente computador pessoal. A Samsung, que tem mais de 70 anos de história, se arriscou neste mercado no início de 2010. É essa também a data que marca uma batalha, em escala mundial, travada entre as duas companhias. Elas brigam na Justiça, desde abril de 2011, por direitos intelectuais e de patentes justamente dos smartphones e dos tablets delas.
Há uma série de fatores que podem explicar a situação. Um deles é simplesmente porque o mundo hoje é diferente de 2007. "O mercado de smartphones se popularizou nos últimos anos. Muitos players (as empresas) diversificam o portfólio e, com isso, abocanham uma fatia de mercado maior. A Apple cresce, mas se mantém basicamente voltada a um mercado chamado de premium", diz Freitas.
O que o analista quer dizer é que, na brecha de mercado da companhia fundada por Steve Jobs, concorrentes conseguem triunfar. "A Samsung conta com uma série de smartphones, que vão da linha premium mais sofisticada aos produtos low-endcom acabamento simples, que são mais baratos", exemplifica Freitas.
O presidente da consultoria de telecomunicações Teleco, Eduardo Tude, também em entrevista ao Terra, acredita ser cedo demais para cantar a vitória sul-coreana. Para ele, o clima de atenção devido ao então afastamento de Jobs do cargo de CEO da Apple e os constantes rumores de um novo iPhone 5, que não se concretizaram, contribuíram para a queda na venda e a ascenção da concorrente. "As pessoas tenderam a esperar e não se arriscar em um período de dúvidas", explicou Tude.
A Apple pode ter inaugurado uma categoria em 2007 e, até certo ponto, criado um mercado que é só dela. A questão é que, com o avanço e a popularização da tecnologia, ela fugiu das mãos da companhia da maçã e, de modo natural, se espalhou pelo mundo. O que a Samsung fez foi aproveitar oportunidades para expandir um mercado que, mesmo não tendo sido criado por ela, se adaptou e se tornou acessível em esfera planetária.
O sucesso do Android para o triunfo da Samsung
Se ainda pode parecer cedo para chamar a atual liderança da Samsung de um triunfo - uma vez que o mercado não está consolidado -, o sucesso do Android é inegável. O sistema operacional para dispositivos móveis do Google tem pouco mais de três anos de existência (foi lançado em 21 de outubro de 2008) e já está instalado na maior parte dos novos smartphones e tablets no mercado.
Tudo isso porque o Android não é o sistema proprietário de um fabricante - como é o iOS da Apple. Ele pode ser usado em diferentes marcas e modelos de dispositivos móveis. A questão é que, no caso da Samsung, ele foi o grande "salvador da colheita". A maior parte dos smartphones e tablets da companhia sul-coreana vem com alguma versão do SO do Google. "Aqui, estamos falando de uma associação de marcas. São pelo menos Samsung, Android e Google, que, de uma maneira ou outra, faz parte do imaginário do usuário hoje", afirma Freitas.
Somente a força da marca Android, no entanto, não explicaria os novos números. Em conjunto com a soma de nomes famosos na tecnologia, está a qualidade dos aparelhos da Samsung. O recente smartphone Galaxy S II, por exemplo, se impõe no mercado como direto concorrente do iPhone 4 e 4S em pelo menos três aspectos: preço, design e capacidade. "O know-how conhecimento da Samsung dos dispositivos móveis não pode ser desprezado", diz o analista do IDC.
Fonte: terra
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