quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Pernambuco tem sistema alternativo para coleta de materiais recicláveis

Indústrias de reciclagem crescem, mas País ainda está defasado na coleta.
Cooperativas no Estado se especializam em gerar renda com os reciclados.

Um levantamento da Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet) mostrou que a reciclagem no Brasil tem se tornado mais do que um processo fundamental na proteção ao meio ambiente: o setor vem dando lucro ao país, que é um dos líderes mundiais. O estudo revela que 56% das embalagens PET foram recicladas em 2010, o que gerou um faturamento de R$ 1,18 bilhão.

No ano passado, foram recicladas 282 mil toneladas de garrafas PET no país - quase 8% a mais que em 2009. Apesar do crescimento das indústrias de reciclagem, o Brasil ainda apresenta uma defasagem na coleta seletiva. Em Pernambuco, a saída foi a criação de sistemas alternativos, como cooperativas e entidades que se especializam em gerar renda para a população transformando os materiais recicláveis.

“Pernambuco começou cedo e, portanto, tem uma indústria de PET bem desenvolvida. Há uma empresa aqui de grande porte e bastante consistente em relação ao tempo de vida, já bem madura”, afirma o presidente da Abipet, Auri Maçon. “Isso fez com que criasse demanda para o material, agregando valor ao produto e, portanto, incentivando economicamente toda uma cadeia de reciclagem”, acrescenta.

Segundo ele, a aplicação mais comum para o PET é na indústria têxtil. “Hoje se faz edredom, travesseiros, roupas, tecidos e até malhas para camisetas. Existe também o mercado químico, de resinas estruturais, aquela fibra de vidro usada para fazer banco de ônibus, banheiras, piscinas, peças de veículos, uma infinidade de aplicações”, explica.

A rentabilidade do setor tem atraído muitos investidores, mas o presidente orienta a não ir com tanta sede ao pote. “É melhor começar pequeno, vendendo garrafas a outras cooperativas e depois fazendo isso crescer. Prensagens, moagens e assim por diante. É preciso que se verifique se na sua cidade já não tenha empresas do ramo, pois a quantidade de PET é limitada”, alerta.

Auri Maçon citou exemplos práticos para explicar o impacto da reciclagem do PET no meio ambiente: “Se um caminhão sai de Recife para fazer entrega em Jaboatão, carregado de garrafas de vidro, 48% do peso da carga é embalagem. Então eu faço mais emissões. Se esse mesmo carregamento é de garrafas PET, apenas 2% da carga é embalagem. Isso faz com que reduza muito a emissão de CO2 no sistema de transporte”.

Fonte:G1 

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