Estudantes e representantes de organizações não governamentais de 17 Estados, entre elas a SOS Mata Atlântica, protestaram nesta quinta-feira contra o texto do novo Código Florestal, aprovado no Senado e à espera de discussão e votação na Câmara. Sem acordo entre os deputados, não houve definição de quem será o relator na Câmara.
A coordenadora da Rede das Águas da Fundação SOS Mata Atlântica, Malu Ribeiro, disse que o texto muda os princípios constitucionais obre a conservação das florestas, do meio ambiente e da qualidade de vida, ameaçando a segurança ambiental no país.
"Esse manifesto pretende chamar a atenção do governo e mostrar para o Brasil que todas as conquistas da sociedade, do ponto de vista ambiental, estão em xeque a partir das mudanças do código", disse Malu Ribeiro.
"A alteração do Código Florestal é só a ponta do iceberg da desestruturação de todo o sistema nacional de meio ambiente, da Lei da Mata Atlântica, da lei sobre o sistema nacional de conservação".
Os manifestantes reuniram mais de 1,2 milhão de assinaturas de pessoas que dizem apoiar o movimento de protesto contra o novo texto do Código Florestal. O abaixo-assinado foi entregue à Presidência da República. Segundo os organizadores do protesto, mais de 3 milhões de pessoas apoiam o movimento.
Paralelamente, ocorre um protesto por meio das redes sociais na internet, no qual blogueiros, jornalistas e diversas personalidades manifestam apoio à campanha contra a alteração do Código Florestal. No Twitter, a indicação é procurar no Google a frase-chave "as árvores depois do Código Florestal". Ao buscar a frase e clicar em "imagens", os internautas encontrarão diversas fotos de florestas desmatadas.
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