O partido Democratas deu um ultimato ao senador Demóstenes Torres (GO), suspeito de irregularidades por sua relação com o empresário Carlinhos Cachoeira, que foi preso na operação Monte Carlo, da Polícia Federal, acusado de associação com jogos de azar. De acordo com o líder do DEM na Câmara dos Deputados, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), o senador tem até a próxima terça-feira (3) para dar explicações "contundentes" e "convincentes" sobre as denúncias contra ele.
Caso isto não aconteça, o parlamentar admite que o partido pode dar início ao processo de expulsão dele da legenda.
— Se ele não for contundente e convincente, torna-se insustentável a permanência dele no partido.
Para o deputado baiano, a situação do parlamentar se "agravou" com a divulgação de novos grampos telefônicos feitos pela Polícia Federal. Além disso, o senador tornou-se alvo de um inquérito aberto no STF (Supremo Tribunal Federal) e corre o risco de ser cassado, já que o PSOL levou uma representação contra ele ao Conselho de Ética do Senado.
O ultimato foi dado após um encontro, na última quinta (29), entre Demóstenes, Neto e outros integrantes da cúpula. Na conversa, Demóstenes disse que não sabia o que havia no inquérito contra ele em curso no Supremo. Por isso, ele pediu este fim de semana para analisar a investigação e só depois dar uma resposta definitiva.
Nos bastidores, porém, a cúpula partidária tem pressionado Demóstenes a deixar a legenda por conta própria. Querem evitar que as denúncias afetem a legenda. Acreditam que o senador não tem mais condições de esclarecer o relacionamento que teve com Cachoeira.
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