quinta-feira, 14 de junho de 2012

CPI quebra sigilos de governadores nesta quinta-feira


A CPI do Cachoeira vai quebrar nesta quinta-feira (14) os sigilos bancário, telefônico e fiscal dos governadores Marconi Perillo (PSDB-GO) e Agnelo Queiroz (PT-DF). Diante de manobra do governo para aprovar a revelação dos dados, Perillo mudou de ideia a respeito do que havia dito em seu depoimento na CPI na última terça-feira (12) e ofereceu suas informações sigilosas para os parlamentares.

Mesmo que todos os oposicionistas votem contra o requerimento, a quebra será aprovada, já que a base governista conta com mais de 20 dos 30 integrantes da CPI.

Durante depoimento na última quarta-feira (13), Agnelo Queiroz, sem que lhe fosse pedido, ofereceu seus dados telefônicos, fiscais e bancários à CPI. Imediatamente, as bancadas do PT e PDT, por meio do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), elaboraram o requerimento para quebra de sigilo dos dois governadores. 

No dia anterior, Perillo havia negado solicitação do relator Odair Cunha (PT-MG), que pediu que suas informações sigilosas fossem disponibilizadas à comissão. Mas, ao saber da movimentação da bancada do governo, o governador goiano informou aos aliados que também "oferecia" seu sigilo e que eles deveriam votar a favor.

Durante os depoimentos, ambos os governadores negaram ligação com a suposta organização criminosa comandada por Carlinhos Cachoeira.

Requerimentos de convocação

O senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP) defende, ainda, que além da quebra de sigilo dos governadores, a CPI deveria votar dois requerimentos de convocação.

— Nós temos que aproveitar a disposição para a quebra de sigilo e quebrar o sigilo dos governadores Marconi e Agnelo. Eu espero que amanhã também nós aprovemos a convocação do senhor Cavendish [Fernando Cavendish, ex-presidente da Delta] e do senhor Pagot [Luiz Antonio Pagot, ex-diretor geral do Dnit]. Principalmente do senhor Pagot.

Segundo investigações da Polícia Federal, o bicheiro Carlinhos Cachoeira seria um “sócio oculto” da construtora Delta. Suspeita-se de que Cavendish soubesse do elo entre o contraventor e o ex-diretor da Delta Centro-Oeste, Cláudio Abreu.

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