
De fato, o time de Vicente del Bosque teve mais posse de bola, buscou o gol. A chance mais clara aconteceu aos oito minutos. Iniesta tabelou com Jordi Alba e cruzou para a área. Negredo se enrolou com a bola, que sobrou para Arbeloa, completamente livre na meia-lua. O lateral finalizou de primeira e mandou rente ao travessão.
Portugal tinha dificuldades para sair jogando, marcava atrás da linha do meio de campo. A primeira chance dos lusos aconteceu aos 23. E foi numa finalização por sobre o gol de Casillas de Cristiano Ronaldo. A partir daí, a equipe de CR7 tomou coragem e passou a pressionar a saída de bola da Espanha. A iniciativa surtiu efeito.
Os espanhóis passaram a ter dificuldade para sair jogando e chegaram a rifar bolas em direção ao ataque. E foi após um chutão de Piqué que a Fúria quase abriu o marcador. Aos 28, Negredo recebeu na área, esperou a chegada de Xavi, que rolou para Iniesta. O meia chutou colocado e a bola raspou o travessão, batendo por cima da rede do gol de Rui Patrício.
Mas a pressão de Portugal também quase deu certo na etapa inicial. Aos 31, João Moutinho aproveitou saída errada de Jordi Alba e lançou para Cristiano Ronaldo. O atacante dominou na entrada da área e chutou de canhota. Casillas se esticou todo para tentar a defesa, mas a bola passou rente à trave esquerda da Fúria. No fim do primeiro tempo, Fábio Coentrão caiu na provocação do goleiro reserva Pepe Reina e fez gestos obscenos para o banco da Espanha. Avisado pelo quarto árbitro, o turco Cüneyt Çakir advertiu o português com o cartão amarelo

Portugal percebeu que o segredo para incomodar a Espanha era pressionar no campo de defesa dos rivais. E foi com essa postura que os lusos voltaram para o segundo tempo, sempre buscando os contra-ataques com CR7 e Nani. A Fúria até tinha mais posse de bola, mas não conseguia chegar de forma efetiva ao gol de Rui Patrício.
A paciência de Del Bosque com a atuação irregular de Negredo acabou aos oito minutos da etapa final. Sem ter finalizado uma bola sequer no gol de Portugal, o atacante foi sacado para a entrada de Fàbregas, titular no triunfo por 2 a 0 sobre a França. Mas a primeira chance de gol foi portuguesa. Hugo Almeida chutou de fora da área por cima do travessão de Casillas.
A tática portuguesa atrapalhava os planos da Espanha. A equipe de Del Bosque não conseguia trocar passes a partir da intermediária lusa. E sempre que roubava a bola, o grupo de CR7 & cia. partia em velocidade para o ataque. Paulo Bento ainda inverteu o posicionamento de Cristiano Ronaldo e Nani. O primeiro passou a jogar pela direita, e o outro pela esquerda.
A Espanha voltou a assustar Portugal aos 23. Xavi aproveitou saída de bola errada na intermediária e soltou a bomba. Rui Patrício defendeu no meio do gol. Cristiano Ronaldo teve três oportunidades de marcar em cobranças de falta. Duas delas foram por cima do gol de Casillas, e a outra foi cortada com a mão por Arbeloa, que chegou a levar cartão amarelo.
Em uma das cobranças, CR7 foi obrigado a ouvir os gritos de Messi da torcida espanhola. Faltando três minutos para acabar o tempo normal, Del Bosque sacou Xavi e apostou na entrada de Pedro. Alteração que muitos em Donetsk não entenderam, principalmente pela qualidade do apoiador do Barcelona, um dos destaques da Fúria.
No tempo extra, a Espanha permaneceu com a posse de bola, e os portugueses seguiram buscando um contra-ataque para matar o jogo. Mas o cansaço e o medo de levar um gol tiraram a ousadia das duas seleções de atacar o adversário com mais intesidade. Aos 13, o lance mais perigoso da prorrogação. Jordi Alba fez uma ótima jogada pela esquerda e colocou Iniesta na cara do gol. O meia chutou e Rui Patrício defendeu, evitando o tento espanhol.
No segundo tempo, o cansaço português era visível. E foi justamente no desgaste dos rivais que a Espanha tentou buscar o resultado ainda na prorrogação. Em um lance rápido, Pedro foi lançado em profundidade e perdeu tempo ao tentar driblar um rival já dentro da área. A zaga lusa afastou o perigo
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