
13 de junho: É aberta oficialmente a Rio+20 que promete trazer soluções para um futuro em comum no mundo. Os países que integram o G77 propõem a criação de um fundo para arrecadações que seriam investidos no crescimento sustentável pelo mundo. Além do início das negociações para solucionar os impasses, ficou marcada a recepção brasileira a base de samba para as autoridades presentes. Neste mesmo dia, foi aberto dois espaços de cultura para o público: o Galpão da Cidadania e o Armazém da Utopia.
14 de junho: Começa a discussão para decidir o teor do documento final a ser analisado pelos líderes de cada nação nos próximos dias 20,21 e 22. No texto deve conter propostas para o desenvolvimento econômico sem agressão ao meio ambiente e combate a miséria. Em paralelo, diversos eventos aconteceram na quinta-feira como a Rio/Clima que discutia formas de redução do efeito estufa no planeta além de discussões sobre tecnologia sustentável com participação de ONGs e sociedade civil.
15 de junho: É anunciado que não há consenso entre os países sobre diversos pontos na elaboração do “Rascunho Zero”, sendo o maior deles, a criação do fundo proposto no primeiro dia. Países mais desenvolvidos recuam devido à crise econômica. O prazo para finalização do texto é prorrogado para terça-feira (19).
16 de junho: Na última rodada de negociações sobre o documento final, o Brasil assume a liderança da conferência, criando grupos específicos para cada tema-chave e realização de consultas informais. Os países acabam optando pela exclusão do fundo que garantiria arrecadações para a implantação de sistemas sustentáveis. O rascunho que inicialmente continha 80 páginas, até sábado restava 56. Segundo os negociadores dos países em desenvolvimento, o texto será mais amplo e generalizado como defendiam os países mais ricos. No rascunho de seis capítulos, um destes trata de forma específica as metas firmadas na Rio92, o chamado princípio “responsabilidades comuns e diferenciadas”.
17 de junho: O Brasil encabeçou os temas de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e oceanos, meios de implantação de políticas sustentáveis e as metas assumidas na Rio92. O documento destaca questões sociais de forma ampla como parcerias para erradicação da pobreza, melhorias na educação e combate à discriminação por gênero. No entanto, não há sequer menção no texto ao fundo de arrecadações proposto pelo G77, grupo do qual Brasil faz parte. A delegação pretende modificar ainda o documento, pois questões como compromissos formais de desenvolvimento sustentável, transferência de tecnologias limpas e detalhamento da economia verde estão pendentes. Há ainda, por parte da sociedade civil, a tentativa de acrescentar no texto das delegações, temas que consideram chave como um novo padrão de consumo e produção. Será pelo menos três propostas para cada tema-chave, baseado em universidades, movimentos sociais e comunidades cientificas.
A Rio+20 é divida em três etapas: de 13 à 15 ocorreu a discussão entre delegações das 193 nações para a articulação de documentos que serão dialogados na cúpula; de 16 até 19, há uma programação voltada para a participação da sociedade civil; de 20 a 22 é o período de reunião do Segmento de Alto Nível que contará com a presença de vários Chefes de Estados para a conclusão do evento.
Ainda no mesmo período da Rio+20 dos dias 18 e 19, ocorrerá a 7ª Cúpula do G20, do qual Dilma Rousseff participará. Para os negociadores da Conferência da ONU, será um bom momento de abordar líderes mundiais que não estarão na cúpula sobre sustentabilidade. A Rio+20 encerrará nesta sexta, 22 de junho.
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