Greve das universidades federais: nova reunião de negociação deve acontecer até amanhã

Uma nova reunião de negociação deve acontecer até amanhã para tentar por fim ao impasse e encerrar a greve dos professores das universidades federais. O encontro realizado ontem durou quatro horas mas terminou sem um acordo entre os sindicalistas e os técnicos dos ministérios de Educação e do Planejamento. Das 59 universidades federais do país, apenas duas não aderiram à greve, iniciada no dia 18 de maio. A grande maioria dos 38 institutos federais de educação também está com as atividades paralisadas.

O governo federal ofereceu R$ 3,9 bilhões em reajustes salariais nos próximos três anos aos professores, mas a proposta foi rejeitada. Para a presidente do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes), Marinalva Oliveira, o governo está incentivando a desestruturação da carreira, porque impede a progressão e cria barreiras para o docente chegar ao teto da profissão. Na ocasião, ela apontou que o governo como responsável pela situação dos estudantes.

O MEC defende que questões como a titulação sejam discutidas em outra mesa de negociação e  propôs a criação de um grupo de trabalho específico para o tema. Presente ao encontro, o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, Amaro Lins, pediu para que fossem focados os pontos de divergência. "O maior cuidado que devemos ter é com os jovens de nossas instituições", disse.