O museu estava sendo construído a um custo inicial de mais de R$ 2 bilhões, mas fontes do governo afirmam que as obras já alcançaram a cifra de 2,6 bilhões. Bloomberg e Cuomo brigam para definir quem administrará o museu, que integrará o memorial a ser construído no local onde estavam as torres gêmeas do World Trade Center, destruídas após o ataque. Bloomberg quer que os gastos para construção do museu fique com o Estado. No entanto, Cuomo já afirmou que só bancará a obra se o Estado ficar responsável por todo o complexo.
E as divergências não se resumem à prefeitura e ao governo estadual. O governador de Nova Jersey, Chris Christie, também precisa estar de acordo com os planos, já que Cuomo e Christie dividem o controle sobre a polícia portuária de Nova Jersey e Nova York, responsável pelo Marco Zero - onde o museu será construído.
Bloomberg e Cuomo tentaram resolver suas diferenças no mês passado, ao concordarem em estabelecer um comitê para resolver disputas relacionadas ao memorial, o museu e o acesso ao Marco Zero. Mas uma nova disputa surgiu sobre quanto dinheiro seria doado pela Fundação para o museu, fazendo com que o comitê não fosse levado adiante. Na semana passada, nenhum dos dois compareceu ao eventual anual de arrecadação da Fundação. O prefeito Michael Bloomberg, presidente da Fundação 11-S que controlará o monumento e o futuro museu, está envolvido pessoalmente no projeto e já doou mais de R$ 30 milhões do próprio bolso. Mas pode não presenciar a inauguração do local, já que a data limite para que deixe a prefeitura é em 2013.
Com os trabalhos no museu parados há quase um ano, doações e arrecadações de fundos caíram e os artigos a serem expostos acumulam poeira em depósitos de Buffalo (NY) e Santa Fe (Novo México), de acordo com autoridades. Há um ano, no 10º aniversário dos ataques da al-Qaeda contra as Torres Gêmeas, um monumento comemorativo foi inaugurado no local, que já foi visitado por mais de 4,5 milhões de pessoas.
Os assessores de Bloomberg e Cuomo disseram esperar que o aniversário de 11 anos dos ataques provoque pressão suficiente para um acordo de última hora. Na semana passada, os dois lados começaram a circular propostas para resolver o impasse de um ano. Questionados sobre as razões da briga, assessores de Bloomberg disseram apenas que as negociações continuavam.
"O atraso é muito decepcionante para os familiares das vítimas e para aqueles que trabalham duro pelo museu", afirmou a porta-voz de Bloomberg, Julie Wood ao “New York Times”. "Mas estamos confiantes de que o produto final será o registro definitivo do que aconteceu naquele dia terrível".
Procurado pelo jornal americano, o porta-voz de Cuomo, Josh Vlasto, disse que “o trabalho sobre complexas questões financeiras e econômicas continuam”.
"Mas estamos cuidadosamente otimistas quanto a um acordo", afirmou.
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