Preciso de ajuda, porque meu filho está se acabando na UTI e não fazem logo essa cirurgia”. Esse é o apelo da camareira Andréa Maria da Conceição, 26 anos, mãe de David Alexandre da Conceição, de apenas dez anos. Apesar de ainda ser uma criança, ele já sabe o que significa ficar inconsciente e passar dias entubado à espera de cirurgia. Após cair de um cavalo no último dia 7 de julho, o garoto precisou ser socorrido. Foi levado à UPA do Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, e, em seguida, foi transferido ao Hospital da Restauração (HR), onde ficou internado por 16 dias e teve alta. Entretanto, o quadro de David piorou e ele voltou à UTI do HR, onde permanece sem previsão de alta.
A criança se alimenta por meio de uma sonda e aguarda uma indicação para ser submetida a uma cirurgia torácica. “Tudo começou com essa queda dele, quando ele foi dar banho em um cavalo, junto com um amigo, e caiu desse cavalo. Eu estava trabalhando, quando foram me avisar”, lembra Andréa Maria. De acordo com a genitora, David Alexandre, apesar de ter recebido uma autorização para voltar para casa, estava, visivelmente, sem condições de andar, não falava e nem reconhecia as pessoas. “Mesmo assim, voltamos para casa e marquei uma nova consulta para o dia 7 de agosto”, contou a mãe.
Contudo, David não conseguiu esperar um mês para voltar ao HR. “No dia 1º de agosto ele amanheceu muito cansado. O levei para a UPA do Engenho Velho de novo. Ele passou o dia lá e a médica que o atendeu perguntou se ele tinha ficado entubado no HR. Confirmei e ela constatou que ele estava com uma inflamação na traqueia, por causa dessas entubações. Então, ele precisava de um traqueóstomo”, relatou Andréa. Diante do fato, o paciente retornou ao HR, onde alegaram que ele não podia ficar internado. “Diziam que ele precisava de um atendimento clínico e que lá (no HR) só tinha neurologista. Então, o levei para o Imip (Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira)”.
David passou oito dias no instituto. Até que, no dia 9 de agosto, a criança teve duas convulsões e duas paradas respiratórias. “Só então, o HR o aceitou”, disse Andréa. A partir de então, o menino voltou à UTI e continua sem previsão de alta. “Os médicos só me dizem que ele precisa fazer uma cirurgia no tórax, mas existem poucos cirurgiões torácicos em Pernambuco”, afirmou a mãe. Um dos especialistas trabalha no Hospital Otávio de Freitas (HOF). “Ele ia ser transferido ao Otávio, mas a vaga dele foi ocupada”, reclamou Andréa.
A criança queixa-se de dor na perna, continua entubada (ainda que esteja com problemas na traqueia) e está amarrada, por ter um comportamento muito agitado. A mãe dele, por sua vez, que passa o dia no HR e volta para casa, em Jaboatão dos Guararapes, apenas durante a noite. “Só tem eu para cuidar dele”, justifica.
DIAGNÓSTICO
Conforme a assessoria de Imprensa do HR, o paciente possui uma estenose grave na traqueia, que seria o estreitamento do órgão, provocado por diversas entubações. Ele já passou por uma broncoscopia e permanece em avaliação por uma equipe multidiscipliar formada por um otorrino, um pneumologista, um broncoscopista e um cirurgião torácico. Ainda não foi concluído se David, realmente, precisa de uma cirurgia. Caso seja confirmada a necessidade, ele será transferido ao HOF, onde irá passar pelo procedimento.
Conforme a assessoria de Imprensa do HR, o paciente possui uma estenose grave na traqueia, que seria o estreitamento do órgão, provocado por diversas entubações. Ele já passou por uma broncoscopia e permanece em avaliação por uma equipe multidiscipliar formada por um otorrino, um pneumologista, um broncoscopista e um cirurgião torácico. Ainda não foi concluído se David, realmente, precisa de uma cirurgia. Caso seja confirmada a necessidade, ele será transferido ao HOF, onde irá passar pelo procedimento.
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