sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Empresas do Governo Federal perdem cerca de R$ 150 bi no mandato Dilma


SÃO PAULO - Desde que assumiu a presidência do País no início de 2011, Dilma Rousseff tem tomado uma série de medidas na tentativa de reanimar a economia frente à crise internacional e reduzir o custo do País. Nessa empreitada, quem tem pagado a conta são as empresas federais. As quatro principais desse grupo com ações negociadas na bolsa já acumulam perdas de quase R$ 150 bilhões em valor de mercado, segundo levantamento feito pelo Portal InfoMoney.
Para colocar o número em perspectiva, ele representa uma perda de 31,8% em valor de mercado para as federais. Mas vale lembrar que nem toda essa queda é reflexo da política, uma vez que no mesmo período a crise internacional continua a representar um desafio para os mercados. Assim, na mesma época, o Ibovespa, principal índice de ações da bolsa, já registra queda de 18,5%.
Petrobras subsidia petróleo
A intenção das medidas é vista como saudável para o Brasil, mas a dose adotada foi exagerada, alertam analistas e economistas. A gasolina vendida a um preço subsidiado e a queda nos juros cobrados pelos bancos e no custo da energia são alguns dos itens na agenda do Governo. Assim, a principal perda fica por conta da Petrobras (PETR3PETR4), que viu seu valor de mercado passar de R$ 358,7 bilhões para R$ 247,7 bilhões.
Nesse período, a petrolífera reportou o seu primeiro prejuízo trimestral desde 1999. Apenas entre janeiro e setembro deste ano, a empresa já acumula perdas de R$ 17,3 bilhões na área de abastecimento.
Isso acontece porque, para atender à demanda interna, a Petrobras importa petróleo e o revende a um preço mais baixo no mercado interno. Na tentativa de segurar a alta da inflação, o Governo assume o prejuízo da estatal. Por outro lado, segundo publicado na quarta-feira pela Folha de S. Paulo, a diretoria da empresa busca um reajuste de até 15% no combustível para o próximo ano.

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