A paralisação de 24 horas dos agentes penitenciários, iniciada a
meia-noite desta quarta-feira (19), traz transtorno e confusão ao
Complexo Prisional Professor Aníbal Bruno, no bairro do Sancho, no
Recife, onde é dia de visita íntima. As mulheres aguardam desde as 4h da
manhã para entrar nas unidades prisionais. Em dias normais, os portões
são abertos às 8h.
No Presídio Juiz Antonio Luiz L. Brito, as mulheres chegaram a tentar
derrubar o primeiro portão. Por volta das 9h, a entrada foi liberada,
mas elas ainda aguardam para entrar em definitivo para a visita aos
presidiários. Segundo um dos agentes do local, a entrada deve ser
liberada por volta das 10h.
Já no Presídio Frei Damião de Bozano, as mulheres passam por revistas
realizadas por assistentes sociais. Nesta unidade, foi informado que,
apesar das revistas, a entrada não será permitida, em nenhum dos
presídios do Complexo, devido a falta de agentes penitenciários na
unidade. Serão liberadas entradas só em caso de urgência, alvará,
socorro e custódia.
De acordo com a categoria, será dado um prazo até o próximo dia 30 de
junho, para que seja atendida a reivindicação referente à questão do
termo "Servidor Policial Civil". Segundo o presidente do Sindasp-PE,
Nivaldo de Oliveira Junior, a paralisação é motivada pelo não
cumprimento de um acordo estabelecido desde o ano de 2010, pelo próprio
governador Eduardo Campos.
De acordo com o decidido, somente os serviços essenciais serão mantidos
durante o dia, como cumprimento de alvará de soltura; mandado de prisão e
recolhimento; além de socorros e emergências. Ainda de acordo com o
sindicato, os agentes trabalharão em operação padrão, com apenas 30% do
efetivo de agentes penitenciários em esquema de rodízio do plantão.
Ainda segundo o sindicato, todos os demais ficarão na permanência de
suas respectivas unidades prisionais, e os da sede da
secretaria-Executiva de Ressocialização ficarão no pátio. Sobre a
situação, a Secretaria de Ressocialização (Seres) disse que não iria se
posicionar e que tudo estava funcionando dentro da normalidade.
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