quarta-feira, 19 de junho de 2013

Confusão no Aníbal Bruno em dia de visita íntima e paralisação dos agentes

A paralisação de 24 horas dos agentes penitenciários, iniciada a meia-noite desta quarta-feira (19), traz transtorno e confusão ao Complexo Prisional Professor Aníbal Bruno, no bairro do Sancho, no Recife, onde é dia de visita íntima. As mulheres aguardam desde as 4h da manhã para entrar nas unidades prisionais. Em dias normais, os portões são abertos às 8h.
No Presídio Juiz Antonio Luiz L. Brito, as mulheres chegaram a tentar derrubar o primeiro portão. Por volta das 9h, a entrada foi liberada, mas elas ainda aguardam para entrar em definitivo para a visita aos presidiários. Segundo um dos agentes do local, a entrada deve ser liberada por volta das 10h.
Já no Presídio Frei Damião de Bozano, as mulheres passam por revistas realizadas por assistentes sociais. Nesta unidade, foi informado que, apesar das revistas, a entrada não será permitida, em nenhum dos presídios do Complexo, devido a falta de agentes penitenciários na unidade. Serão liberadas entradas só em caso de urgência, alvará, socorro e custódia.
De acordo com a categoria, será dado um prazo até o próximo dia 30 de junho, para que seja atendida a reivindicação referente à questão do termo "Servidor Policial Civil". Segundo o presidente do Sindasp-PE, Nivaldo de Oliveira Junior, a paralisação é motivada pelo não cumprimento de um acordo estabelecido desde o ano de 2010, pelo próprio governador Eduardo Campos.
De acordo com o decidido, somente os serviços essenciais serão mantidos durante o dia, como cumprimento de alvará de soltura; mandado de prisão e recolhimento; além de socorros e emergências. Ainda de acordo com o sindicato, os agentes trabalharão em operação padrão, com apenas 30% do efetivo de agentes penitenciários em esquema de rodízio do plantão.
Ainda segundo o sindicato, todos os demais ficarão na permanência de suas respectivas unidades prisionais, e os da sede da secretaria-Executiva de Ressocialização ficarão no pátio. Sobre a situação, a Secretaria de Ressocialização (Seres) disse que não iria se posicionar e que tudo estava funcionando dentro da normalidade.  
 

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