Violência protagonizada por poucos prejudicou as boas intenções de
muitos. Na tentativa de desenhar estratégias para minimizar as chances
de novos atos de vandalismo, os articuladores da Marcha do Vinagre
adiaram a segunda edição da passeata, até então marcada para hoje à
tarde. Agora, ela deve ocorrer na quarta-feira. A primeira, ocorrida na
segunda-feira passada, levou 10 mil ao centro de Brasília e culminou
com a histórica ocupação do teto do Congresso Nacional. A decisão expõe
o dilema de como se organizar para manter o caráter pacífico da origem
do movimento e, ao mesmo tempo, não esvaziar a adesão aos protestos.
Ontem,
integrantes da marcha fizeram reuniões para debater se o ato deveria
ou não ser remarcado. A página do evento em uma grande rede social só
foi modificada no início da noite. Segundo Jimmy Lima, estudante de 17
anos, criador da passeata, a suspensão foi influenciada pelos eventos
violentos vistos no protesto Acorda, Brasília! na quinta à noite. “A
gente decidiu mudar o dia para ganhar tempo e pensar em uma organização
melhor para não acontecer o que aconteceu na quinta)”, disse.
Uma
das alternativas é conseguir um carro de som para dar apoio e
informação aos manifestantes. Dessa maneira, a organização espera
evitar tumultos, assim como garantir a identificação dos baderneiros.
Quem acompanhou o início dos protestos notou que tanto os organizadores
do Acorda, Brasília! quanto da Marcha do Vinagre pediam aos presentes
que mantivessem a paz e não provocassem ou agredissem os policiais. “As
pessoas sabem do nosso posicionamento, que queremos conscientização
para não haver depredação. Mas quem está de fora não tem essa noção”,
lamenta Jimmy.
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