Quando o assunto é saúde bucal, logo vem à cabeça escovação correta, boas marcas de escovas e pastas e visitas frequentes ao dentista. O que poucos sabem é que outra prática pode ajudar, e muito, na higiene da boca: a troca da escova de dente a cada três meses.  
Após um período de uso contínuo, a escova já não tem a mesma eficiência. “Com três meses de utilização, observa-se a deformação das cerdas, que perdem a eficácia na remoção da placa bacteriana, além de ser um possível meio de cultivo de fungos e germes”, diz o cirurgião-dentista, Anselmo Carmona de Lima, membro da Associação Paulista de Cirurgiões Dentistas.
Mas o especialista garante que esse período pode variar e, na maioria das vezes, para menos. “Quando o paciente tem uma escovação ‘muito forte’ as cerdas são precocemente deformadas, antecipando a troca”.
Porém, Anselmo relata que a maioria das pessoas não tem o costume de trocar a escova e quando a faz é dentro de um período bem maior que três meses. Aline Cristina Rodrigues Braz, de 24 anos, é uma dessas pessoas. “Eu raramente troco a minha escova, espero ela ficar detonada, às vezes passa de um ano”, diz. 
Outros problemas
A demora na troca da escova pode gerar uma série de problemas que vai além da boca. “O acúmulo de placa bacteriana pode causar gengivite, uma inflamação na gengiva que, de forma sistemática, pode ocasionar a circulação de bactérias na corrente sanguínea, atingindo órgãos como coração e pulmão. Até quando você tem um resfriado, a troca da escova é importante para que não seja um novo foco de infecção”, afirma o dentista.  
Também é importante saber que algumas dicas de armazenamento podem aumentar a vida útil da sua escova de dente. “Utilizar a técnica de escovação correta é fundamental, afinal, força não significa mais limpeza. Após cada escovação, agite bem a escova e guarde na posição vertical para que não fique úmida”, diz Anselmo. 
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