quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Cientistas advertem que morcegos entraram para lista de espécies ameaçadas

Genebra- A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) informou nesta quinta-feira que 20% dos morcegos existentes no mundo correm um sério risco de desaparecer, segundo sua "lista vermelha" de espécies ameaçadas, e pediu maiores esforços para protegê-los.

Aproveitando a celebração do Halloween, festa na qual estes mamíferos noturnos são lembrados, a UICN lembrou em comunicado que não são apenas "misteriosas e horríveis criaturas", mas também uma parte "muito importante" da natureza. "Os morcegos estão desaparecendo em um ritmo alarmante, devido em parte à ignorância e desconhecimento dos benefícios que proporcionam", explicou o co-presidente do grupo de especialistas, Paul A. Racey.

Estes animais, que são o segundo grupo de mamíferos com mais espécies (1,25 mil), realizam uma importante trabalho ecológico no processo de polinização, dispersão de sementes e redução de pragas de insetos. No México, por exemplo, o morcego Tadarida brasiliensis se alimenta das pragas de insetos que permeiam os cultivos de algodão e tabaco, reduzindo assim as infestações e a quantidade de pesticidas. "Devemos construir uma estratégia para a preservação de morcegos e educar as novas gerações sobre sua importância no ecossistema", esclareceu Racey.

Os morcegos podem se abrigar na escuridão das cavernas, nos buracos das árvores ou entre folhagem de quase qualquer tipo, sempre que encontrarem duas coisas fundamentais para eles: um espaço para armazenar comida e uma vara na qual possam dormir pendurados. Por isso é comum encontrá-los em florestas, onde quase não penetra luz e onde podem achar muitos galhos para repousar durante o dia, embora a UICN tenha informado que o crescente desmatamento mundial está acabando com o habitat natural destes animais.

O presidente da comissão de sobrevivência de espécies da UICN, Simon Stuart, disse que os morcegos são um dos mamíferos mais menosprezados e que a preservação de florestas que constituem seu habitat é urgente, assim como a neutralização das ameaças à sua sobrevivência.

Fonte: Agência EFE

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