A Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realizou, neste mês de dezembro, a maior apreensão de lenha em área de desmatamento no Estado de sua história de fiscalização. O fato ocorreu no município de Brejão, no Agreste pernambucano, quando foram apreendidos 516 estéreos de lenha, além de 515 estacas de madeira nativa. Para se ter uma ideia, seriam necessários 15 caminhões para transportar a lenha apreendida e mais um veículo para transportar as estacas
O material estava localizado num sítio, onde foi constatado o desmatamento de 15,7 hectares de vegetação de Mata Atlântica e Caatinga. Os fiscais da Agência autuaram o proprietário, que deverá pagar uma multa no valor de R$ 5 mil, além de ser obrigado a recuperar a área degradada.Nas ações empreendidas que resultaram em apreensões, a equipe da CPRH flagrou, no centro de Garanhuns, um caminhão carregado com 10 estéreos de lenha, também de origem nativa, o que é proibido por lei. Ainda no mesmo município, outro flagrante de transporte de madeira ilegal: numa carreta, havia 30 metros cúbicos de madeira serrada, sem o Documento de Origem Florestal (DOF). A multa, em ambos os casos, chega a R$ 1 mil, além da apreensão das cargas
Da mesma forma, em Cachoeirinha, no Agreste Central, foram flagradas 56 toras de madeira, das espécies Murici, Sucupira e Traíba, todas originadas da Mata Atlântica. Além das toras, os fiscais apreenderam uma máquina serra de chita. A serraria será interditada. Em Angelim, no Agreste Meridional, a equipe de fiscalização da Agência encontrou 3,5 hectares de desmatamento numa fazenda, e ainda 100 metros de lenha, que seriam vendidas a padarias da região. O material foi apreendido. O proprietário, que não estava no local, deverá ser autuado e pagar multa.Segundo o diretor-presidente da CPRH, Hélio Gurgel, a CPRH está reforçando as ações das equipes com a recente aquisição de equipamentos como GPS, além de instalação de sinalizadores luminosos nos veículos, o que auxilia inclusive nas operações noturnas. “Com a nova legislação, em 2012, a CPRH dará um basta nessas ilegalidades, responsabilizando criminalmente os infratores”, afirmou Gurgel.
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