O conjunto de chaminés das antigas fábricas de tecidos da família Lundgren, em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, entra na lista do Patrimônio Histórico de Pernambuco. Os monumentos serão oficialmente tombados pelo Conselho Estadual de Cultura nesta quinta-feira (9), às 17h, no pátio da antiga Fábrica Arthur.
Com arquitetura de estilo neoclássico-gótico, as chaminés têm um grande valor cultural para o município e, principalmente, econômico, como relembra o escritor Amaro Poeta. "As antigas fábricas eram referência no polo têxtil do Nordeste entre os anos de 1907 e 1970. Eram a identidade têxtil que monopolizava a região e tinham como slogan 'além fronteiras'", destacou.
Os empreendimentos chegaram a ter mais de 20 mil funcionários. A maior das chaminés possui 65 metros de altura. Por terem sido fábricas particulares, há poucas informações sobre a história delas, explicou o escritor.
"As fábricas encerraram as atividades na década de 70, tentaram reabrir nos anos 80, mas não conseguiram prosperar, pois não acompanharam a modernização das demais fábricas", concluiu Poeta.
O acervo é formado por quatro torres da Companhia de Tecidos Paulista. Três delas estão na Fábrica Aurora e uma na Fábrica Arthur, ambas localizadas na área central da cidade.
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