Dados apontam para uma desaceleração na China e recessão na Europa, e afetam os mercados de câmbio.
A moeda americana avança 0,30%, a R$ 1,824 na compra e R$ 1,826 na venda.
Os investidores operam com maior receio na quinta-feira (22/3), o que influencia a cotação da moeda em todo o mercado internacional.
Dados divulgados mostraram que a atividade industrial da China teve contração em março, levantando receios de que a desaceleração do país será maior do que o esperado.
O índice gerente de compras, elaborado pelo banco HSBC, caiu de 49,6 pontos em fevereiro para 48,1 pontos em março.
"Esse dado deixou todo o mercado apreensivo, com a expectativa de um desempenho pior da economia", diz Deives Ribeiro, gerente de câmbio da Fair Corretora.
Com isso, os índices de ações dos Estados Unidos e as bolsas da Europa operam no campo negativo.
Mas o maior impacto é sentido no mercado de commodities, cujos preços são fortemente influenciados pela demanda da China.
As cotações desses produtos têm queda generalizada nos mercados financeiros, e o índice Reuters Jefferies CRB, referência internacional de commodities, recua 1,76%, a 311,55 pontos.
Além do real, outras moedas correlacionadas às commodities caem. O dólar australiano, por exemplo, recua 0,73%.
Também contribuindo com o viés negativo, a atividade econômica na Zona do Euro se deteriorou em março, passando de 49,3 para 48,7 pontos, segundo indicador do Instituto Markit. O euro tem desvalorização de 0,25%, a US$ 1,3179.
Por aqui, também agrava a tendência de alta do dólar a expectativa de medidas do governo. "O governo parece decidido a manter o dólar nesse patamar, então isso contribui para o movimento", diz Ribeiro
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