Aproximadamente 600 velejadores, distribuídos em 60 embarcações, dão início, hoje, a partir das 12h30, à XXIII Regata Internacional Recife-Fernando de Noronha (Refeno). O ponto de partida do trajeto se dá no trecho em frente ao Marco Zero, no Bairro do Recife, e o percurso termina no Mirante do Boldró, na paradisíaca ilha conhecida como Esmeralda do Atlântico. São 11 estados representados, além de países como Espanha, França e Estados Unidos. Um dos grandes favoritos ao título de Fita Azul é o trimarã pernambucano Ave Rara, campeão na edição passada. Abrilhantam o evento ainda dois medalhistas olímpicos: Torben Grael, a bordo do veleiro Índigo; e Kiko Pelicano, no Orion.
Os últimos dias foram de intenso trabalho para os participantes. No veleiro Azogado, por exemplo, tudo foi planejado para que nenhum imprevisto apareça no momento da partida. “Até a última quinta, às quatro da tarde, ainda estávamos definindo qual tipo de vela iríamos usar, pois tem que ser tudo de acordo com a previsão dos ventos para o dia da largada. É com esse esmero que a gente desenvolve o esporte para que se tenha cada vez mais competitividade”, disse Marco Costa, proprietário e comandante do monocasco pernambucano de 37 pés.
Em seguida, vieram os preparativos finais. Primeiramente, um checklist dos objetos que precisam de consertos. Depois, limpeza do barco e colocação dos mantimentos. Segundo Marco, na bagagem levada na embarcação não há espaço para supérfluos. “Levamos somente o necessário. A comida é calculada só para a travessia. A única coisa que levamos em grande quantidade é água potável. Todo o luxo vai de avião, na bagagem das esposas que vão encontrar os tripulantes na Ilha”, comenta o velejador.
Para Marco Costa, não haveria como participar da Refeno sem o apoio de parceiros. “Temos dois patrocinadores que ajudam a custear a travessia. A despesa, o preparo, tudo gera muito gasto. A meta é ganhar na nossa classe, a RGS-A, pois dificilmente vamos conseguir terminar como Fita Azul. Nosso barco é de menor porte em relação aos outros. Na tripulação, somos todos amadores, mas com espírito de profissionais’, complementa.
Por Gabriel Accetti, da Folha de Pernambuco
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