segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Fifa insiste em responsabilizar Brasil por desastres naturais na Copa


O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, voltou a insistir nesta segunda-feira na necessidade de se incluir fenômenos da natureza, como desastres naturais, como responsabilidade do governo brasileiro na organização da Copa do Mundo de 2014.
Um impasse na definição sobre em que medida a União poderia ser culpada por eventuais problemas na realização do Mundial foi diretamente responsável por inviabilizar a votação da Lei Geral da Copa do Mundo no Congresso Nacional no final do ano passado.
"Com relação à segurança, desastres naturais ou segurança no País, isso não pode ser responsabilidade da Fifa. Isso tem que ser responsabilidade do governo. Não podemos ser responsáveis por eventos desse tipo, não pode ser da Fifa. Segurança e educação são responsabilidades do Estado, como tantas outras coisas", disparou Valcke.
"É uma discussão em andamento, mas me sinto bastante confiante de que vamos alcançar um texto consertado nos próximos dias. Sobre a responsabilidade civil, devemos conseguir terminar um texto em breve", emendou o dirigente da entidade máxima do futebol após reunião, em Brasília, com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo.
Valcke, que se comprometeu a acompanhar o andamento das obras da Copa do Mundo diretamente no Brasil a cada seis ou oito semanas, destacou que as negociações sobre direitos e responsabilidades do governo brasileiro e da Fifa na organização do campeonato esportivo já estão maduras o suficiente para que a Lei Geral da Copa possa ser apreciada no Congresso Nacional.
A expectativa do governo é que o texto esteja pronto para ser votado em março pelos parlamentares da Comissão Especial da Câmara dos Deputados, o primeiro passo para a votação completa do conjunto de compromissos assinados pelo Brasil para conseguir sediar o Mundial.
"É como o dia em que você tem que fazer o parto. Na hora de fazer o parto, você tem que empurrar. O que quero dizer é que agora é fazer a lei nascer e, se finalizamos o texto sobre problemas e garantias, o resto está tudo bem. Agora estamos muito perto de fazer essa lei nascer. Os nove meses acabaram, temos que fazer esse bebê sair", disse.

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