A Organização das Nações Unidas (ONU) quer tentar colocar mais peso nas negociações da Rio+20, Cúpula de Desenvolvimento Sustentável que acontece em junho no Brasil, sobre a criação de empregos verdes – postos de trabalho que ajudam a proteger e restaurar ecossistemas e a biodiversidade.
Uma negociação já existe por meio de sua agência multilateral, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), com o governo brasileiro, responsável pela elaboração do texto-base para a negociação diplomática, para que os pontos presentes no documento chamado “Rascunho Zero” não fiquem apenas “nas intenções”.
O documento, que vai nortear a conferência do Rio de Janeiro, afirma que os países reconhecem a necessidade de criar essas vagas em obras públicas para restauração e valorização do capital natural, uso racional da biodiversidade, além de novos mercados vinculados às fontes de energias renováveis. Outro ponto importante é sobre o incentivo ao comércio e indústria para contribuir com a geração de trabalhos sustentáveis.
Porém, segundo Paulo Sérgio Muçouçah, coordenador do programa de empregos verdes e trabalho decente do escritório brasileiro da OIT, os pontos colocados até então são apenas promessas. “As coisas estão no nível de intenções, estão cruas”, disse Muçouçah ao Globo Natureza.
O que são empregos verdes? – Segundo a OIT, são postos de trabalho em diversos setores que ajudam a proteger e restaurar ecossistemas e a biodiversidade; reduzem o consumo de energia, de materiais e água, além de diminuir a emissão de CO2.
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