Era o mês de julho do ano passado quando a estudante Alessandra de Moraes, de 17 anos, começou a apresentar muita febre, sentir dor de cabeça e tontura. Ao ser levada ao hospital, a estudante descobriu que estava com a pressão baixa. Foi quando ela começou a tomar soro e a fazer uma bateria de exames de sangue, a qual detectou que sua taxa de plaquetas estava baixa.
Durante uma semana, a paciente foi levada ao hospital por diversas vezes, apresentando os mesmos sintomas, além dos enjôos e manchas vermelhas espelhadas pelo corpo, chegando, inclusive, a ficar internada por dois dias. Alessandra, assim como outras 4.927 pessoas, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) no ano de 2011, teve a confirmação de que apresentava um quadro de dengue.
Ainda de acordo com dados da SES, até o dia 31 de março deste ano, em Pernambuco, já foram notificados 21.469 casos de dengue, dos quais 4.859 foram confirmados. Os dados representam um aumento de 75,43% em relação ao mesmo período do ano passado. Conforme a coordenadora do programa de dengue do Estado, Claudenice Pontes, o aumento se deu devido à inserção de um quarto tipo de vírus da dengue em Pernambuco. Além disso, a intercalação de períodos de chuva com os de sol e calor facilita a procriação do vetor da doença, o Aedes Aegypti. “Esses fatos juntamente com a acomodação dos habitantes da Região Metropolitana do Recife ocasionam esse aumento, pois, só existe o vetor porque existem criadouros”, acrescentou a coordenadora.
Ainda segundo Claudenice Pontes, para ser considerada uma suspeita de dengue, a pessoa deve apresentar sintomas como febre, pele avermelhada, dor de cabeça e dor no corpo.
“Apresentando sintomas de agravamento, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima. Na última quinta-feira, o primeiro caso de óbito por dengue no estado foi confirmado em Jaboatão dos Guararapes. A vítima, de 32 anos, trabalhava no Recife e morava no bairro de Padre Roma.
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