sexta-feira, 27 de abril de 2012

Simon pede que Dilma apoie CPI do Cachoeira

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), pediu, nesta sexta-feira (27) o apoio da presidente Dilma Rousseff à comissão parlamentar mista de inquérito (CPI) que vai investigar o envolvimento de agentes públicos e privados com o esquema de corrupção supostamente comandado pelo empresário Carlos Cachoeira. Na avaliação de Simon, a CPI oferece ao país a oportunidade de acabar com a impunidade.
- A CPI vai ter a grandeza de buscar a verdade, doa a quem doer. Nesse sentido, eu acho que estamos vivendo um grande momento. Nós chegamos a zero no conceito, na moral, na dignidade e na ética, neste país. Acho que estamos começando a mudar. Essa perspectiva otimista de que estamos diante de um novo horizonte começa com a presidente, disse o senador.
Pedro Simon louvou a postura de Dilma Rousseff de afastar de seu governo ministros e outras autoridades suspeitas de envolvimento em atos de corrupção. Em relação à CPI do Cachoeira, o senador disse ter gostado da garantia que Dilma deu à imprensa de demitir todos que aparecerem nas gravações com indicações de envolvimento com Carlinhos Cachoeira.
- Talvez estejamos vivendo o momento do fim da impunidade. Presidente Dilma, tenha coragem, resista! - apelou Pedro Simon.
O senador disse que a tarefa dos parlamentares é aprofundar as investigações, uma vez que o envolvimento de Carlinhos Cachoeira com políticos já teria sido provado pelo trabalho da Polícia Federal (PF). As conclusões desse trabalho, informou, foram encaminhadas à Procuradoria Geral da República, que apresentou a denúncia e a encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), que aceitou a denúncia, ressaltou Simon.
- Estamos começando essa CPI pelo fim. A rigor, as coisas já estão provadas. O que cabe a nós? Aprofundar. Mas os fatos já estão provados, observou.
Em seu pronunciamento, Pedro Simon também destacou o fato de a CPI do Cachoeira ter sido instigada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O senador disse estranhar a atitude de Lula, pois, em seu governo, não teria permitido a criação de CPI para investigar o mesmo Cachoeira e suas relações com o assessor do então ministro da Casa Civil de seu mandato, José Dirceu.

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