segunda-feira, 23 de abril de 2012

UE suspende maior parte das sanções contra Mianmar

A União Europeia concordou nesta segunda-feira em suspender a maior parte das sanções contra Mianmar por um ano, em reconhecimento pelas reformas democráticas adotadas pelo governo após 50 anos de regime militar, diplomatas do bloco afirmaram.
Espera-se que a suspensão, que não se aplica a um embargo de armas à parte, entre em vigor no final da semana. Com isso, companhias europeias poderão investir em Mianmar, que possui quantidades significativas de recursos naturais e é vizinho da China e Índia.
A medida de UE reconhece uma mudança no ambiente político de Mianmar, que presenciou a eleição da líder veterana pró-democracia Aung San Suu Kyi ao Parlamento e a suspensão de uma série de medidas repressivas.
Ao decidirem suspender as sanções ao invés de revogá-las por completo, governos da UE estão agindo de forma cautelosa para pressionarem o partido do governo, apoiado pelo Exército, para manter o ritmo de mudança.
"O presidente Thein Sein deu passos importantes em direção à reforma na Birmânia, e é correto que o mundo responda a eles", afirmou o primeiro-ministro britânico, David Cameron, em uma declaração após a decisão de União Europeia.
"Mas estas mudanças ainda não são irreversíveis, e por isso é certo suspender e não revogar as sanções por completo."
As medidas de UE têm como alvo quase mil firmas e instituições, incluindo o congelamento de bens e proibição de vistos, que afetaram quase 500 pessoas. As sanções também proibiam assistência a assuntos técnicos relacionados a questões militares e baniam investimentos na área de mineração, madeira e metais preciosos.

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