A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) acredita que a retomada das vendas para a Argentina não deve demorar. "O ministro Guillermo Moreno disse em Brasília que isso aconteceria nesta segunda-feira (21/5). Não conversei com os frigoríficos, mas acredito que a liberação não demore muito porque a pressão do Brasil, via restrição das importações, está surtindo efeito", disse nesta terça-feira (22/5) o presidente da associação, Pedro de Camargo Neto, durante o seminário Perspectivas para o Agribusiness em 2012 e 2013.
Mesmo salientando que o país vizinho tem feito promessas que demora a cumprir, Camargo disse que na questão da importação da carne suína a Argentina precisará resolver os problemas internos e retomar as compras do Brasil, ou sentirá prejuízos em outros setores.
O presidente da Abipecs vê com otimismo as perspectivas para o setor no segundo semestre. Segundo ele, a desvalorização do real fez com que a carne suína brasileira voltasse a ser competitiva no mercado externo. "Tivemos um aumento de competitividade de cerca de 20%. Além disso, os juros estão caindo", disse. Para a indústria do setor, o dólar deve permanecer no patamar de R$ 2.
Em relação à desaceleração da economia da China, importante comprador de produtos do agronegócio brasileiro, Camargo afirmou que o fato não está afetando o setor de alimentos. Ele lembrou que o processo de urbanização e enriquecimento da população chinesa deve sustentar o consumo, e, em consequência, a demanda por alimentos. "Nossa soja se transforma em carne por lá", disse.
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