Servidores da UPE se reúnem com reitor, que reconhece o déficit de pessoal

Servidores da Universidade de Pernambuco (UPE) se reuniram no fim da manhã desta quarta-feira (16), com o reitor da instituição, Carlos Calado, para pedir apoio a uma série de reivindicações da categoria. A principal delas é a realização de concurso público para suprir a falta de pessoal nas 14 faculdades e nos três hospitais da UPE. Mais cedo, por volta das 9h, pelo menos 200 funcionários se concentraram em frente ao Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC) e deflagraram uma paralisação de 24 horas.
Os profissionais alegam que a gestão estadual tem buscado soluções paleativas para o problema, como a contratação temporária de prestadores de serviço por salários baixos demais. Segundo Gleidson Ferreira, presidente do Sindicato dos Servidores da Universidade de Pernambuco (Sindupe), a situação de calamidade já atingiu o limite nas emergências do Pronto Socorro Cardiológico do Estado (Procape), no Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam) e no próprio HUOC. "Não dá mais para aguentar. São necessárias pelo menos 800 novas contratações para suprir a demanda. O pessoal se aposenta e o governo não faz a reposição. Estamos trabalhando sobrecarregados", reclamou.
O reitor reconheceu o déficit existente e ressaltou que a Universidade está trabalhando para garantir a manutenção de seu pessoal. "Nada funciona sem pessoas. Já observamos que a contratação simplificada não resolve. Estamos argumentando junto ao governo do Estado para que seja realizado um concurso público. Até 30 de junho, deve sair o edital para novos docentes", garantiu Carlos Calado. No entanto, não foram informadas datas referentes ao serviço hospitalar, a ala mais afetada pela defasagem, conforme o Sindupe. Pelo menos quatro mil servidores estão de braços cruzados. As aulas nas faculdades estão suspensas. No complexo hospitalar, somente os serviços de urgência estão funcionando.