quinta-feira, 14 de junho de 2012

Governo quer buscar mais doadores de sangue nas redes sociais

O Ministério da Saúde quer aumentar o número de doadores de sangue no País e planeja usar as ferramentas das redes sociais para cadastrar potenciais doadores e direcionar essas pessoas aos hemocentros mais próximos, divulgou a Agência Brasil. Atualmente, o Brasil tem 2% da população como doadores regulares de sangue e o objetivo é atingir o patamar de 3% recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em novembro do ano passado, o ministério criou um banco virtual de doadores no Facebook, que já conta com sete mil voluntários cadastrados. Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o objetivo é dobrar este número para 15 mil até o final deste ano.
"Vamos conectar esse banco virtual com cada hemocentro do país, que poderá fazer uma busca ativa dos doadores cadastrados. Quando seus estoques estiverem reduzindo, o hemocentro pode mandar mensagem aos doadores para que eles venham doar sangue naquela cidade, naquele estado", disse Padilha nesta quinta-feira, após doar sangue no Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), no Rio de Janeiro, durante ato que marcou o Dia Mundial do Doador de Sangue.
O fato do Brasil contar com 36 polos de hemocentros e mais de 300 hemocentros públicos foi destacado pelo ministro, que também ressaltou que os meses de junho e julho são considerados os mais críticos em relação aos estoques de sangue, quando são registradas reduções de até 25% nas doações. "São meses de férias, de inverno e de chuva em várias regiões. Nossas campanhas em locais abertos também ficam comprometidas", explicou. Padilha ainda lembrou que o procedimento de doação é totalmente seguro tanto para quem doa quanto para quem recebe sangue.
"As pessoas costumam associar a necessidade de doação apenas à ocorrência de acidentes, mas há também pacientes que fazem tratamento de câncer e de outras doenças em que há necessidade de transfusão o tempo todo. Então, é fundamental que essa doação ocorra os 365 dias do ano", disse o secretário estadual de Saúde do RJ, Sérgio Côrtes, que acompanhou Padilha na ação desta quinta, enfatizando que as doações também são importantes para abastecer hospitais da rede pública e aqueles contratados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
No ano passado, o Ministério da Saúde investiu R$ 380 milhões na rede de sangue e hemoderivados no país e para 2012 prevê R$ 580 milhões em investimentos na área.

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