Os festejos juninos têm sido mais violentos este ano. Foi o que divulgou, na manhã desta segunda-feira (25), o chefe da Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital da Restauração (HR), Marcos Barreto. Do início do mês até as 7h desta segunda, foram contabilizados 35 casos de pessoas com queimaduras decorrentes de fogos de artifício ou acidentes com fogueiras, sendo 17 adultos e 18 crianças. Esse número é 20% maior que o valor registrado no mesmo período do ano passado, quando houve 29 ocorrências.
"Tivemos 40 casos no mês de junho inteiro no ano passado, isso contando com São Pedro. E, naquela ocasião, foi um feriadão. Mas, este ano, esse número aumentou muito e já estamos quase nessa faixa, mesmo sem o mês ter acabado. E, para piorar, os casos foram muito mais graves. Teve muita gente que caiu dentro de fogueira e muitos casos de pessoas que perderam a mão ou o pé. Ou seja, são pessoas que agora terão um déficit em emprego e um longo período de fisioterapia porque ficaram mutiladas, muitas vezes por irresponsabilidade", disse Barreto.
Entre as ocorrências mais graves, está a de uma criança com menos de dois anos que tropeçou e caiu numa fogueira, a de uma adolescente de 15 anos que teve a mão mutilada e a de um rapaz que pisou numa bomba e precisou passar por uma cirurgia nos pés. "Acho que essa tradição pode ser comemorada de uma outra forma e não com um prejuízo enorme como esse. Não é questão de proibir as fogueiras, mas de dificultar a propagação delas. A população não pode continuar pagando um preço por essa tradição maluca de acender fogos de alto teor explosivo e fogueiras", completou.
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