Como faço para evitar a aproximação em meu quintal de caramujos africanos vindos de um ribeirão, que fica a 100 metros de distância da minha casa?
Cecilia Schmidt
Guaratinguetá, SP
De grande porte, algumas vezes com conchas raiadas com cores mais claras, e borda fina, o caramujo-gigante-africano (Achatina fulica) foi introduzido no Brasil para fins comerciais em substituição ao escargot (Helix spp.), mas acabou resultando no surgimento de uma praga agrícola e urbana de importância econômica. Por ser exótico e extremamente agressivo, tanto na procura por alimentos quanto na reprodução, ele não possui inimigos naturais e compete com espécies nativas, podendo levar à diminuição da diversidade de moluscos de uma região. Encontrado em todo o país, também é transmissor de vermes prejudiciais à saúde humana, que causam doenças graves com sintomas variando entre distúrbios do sistema nervoso, fortes e constantes dores de cabeça, perfuração intestinal e hemorragia abdominal, que podem levar à morte. Por isso, caramujo-africano-gigante deve ser capturado apenas com o uso de luvas de borracha ou sacos plásticos. Em seguida, coloque-os em água quente. Iscas tóxicas vendidas no varejo especializado só deverão ser usadas quando a espécie causar danos significativos.
Consultor: Francisco José Zorzenon, pesquisador do Laboratório de Entomologia do Instituto Biológico, Av. Conselheiro Rodrigues Alves, 1252, São Paulo, SP, CEP 04014-002, tel. (11) 5087-1718, zozernon@biologico.sp.gov.br
Fonte: Globo Rural
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