domingo, 1 de julho de 2012

França diz que plano de Genebra para Síria prevê saída de Assad

O ministro francês de Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse neste domingo que o texto acordado pelos membros do Conselho de Segurança da ONU em Genebra sobre a transição política na Síria implica na renúncia do presidente Bashar al-Assad.
No sábado, as potências mundiais concordaram em Genebra que um governo de transição deveria ser criado na Síria para acabar com o conflito no país, mas pareceram não ter entrado em acordo sobre como seria a participação de Assad no processo.
Quando perguntado por que pareceu que a Rússia e a China tinham uma perspectiva diferente sobre o futuro de Assad, Fabius disse: "Mesmo que eles digam o contrário, o fato de que o texto diz especificamente que haverá um governo de transição com todos os poderes, isso significa que não será Bashar al-Assad".
"A oposição nunca vai concordar com ele, então isso sinaliza implicitamente que Assad que deve sair", disse Fabius ao canal de TV TF1.
O ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, disse no sábado que o plano não implicava que Assad deveria renunciar já que não havia qualquer condição que excluísse qualquer grupo da unidade nacional proposta.
O enviado de paz da ONU Kofi Annan disse que após as negociações o governo deveria incluir membros do governo de Assad e da oposição síria e que deveria organizar eleições livres.
A França, junto com alguns países ocidentais e árabes, tem tentado há meses aumentar a pressão sobre Damasco. O país tem procurado chegar a um acordo com a Rússia, que apoia Assad, para permitir medidas mais duras pelo Conselho de Segurança e avançar rumo a uma transição política.

Nenhum comentário:

Postar um comentário