O novo salário mínimo, de R$ 678, que entrou em vigor nesta terça-feira (1º), deve impactar a economia em pelo menos R$ 32,7 bilhões. Esta é a previsão do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socieconômicos (Dieese), baseada no aumento de 9% ao salário anterior, de R$ 622. O prognóstico também se baseia, na avaliação do órgão, no fato de que 45,5 milhões de pessoas têm seus rendimentos atrelados ao salário mínimo.
Outro impacto direto na economia, de acordo com o Dieese, será a elevação da arrecadação tributária sobre o consumo, que deverá ter uma alta de R$ 15,9 bilhões no ano. As contas da Previdência Social também sofrerão impacto. Como o número de benefícios equivalentes a um salário mínimo representa 69,6% do total e o peso relativo desse grupo de beneficiários é de 48,5%, o Dieese estima que a variação de R$ 56 no salário mínimo significará um custo adicional ao ano de cerca de R$ 15,0 bilhões na folha de pagamentos.
De acordo com o Dieese, o valor do salário mínimo é calculado com base no percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do ano retrasado mais a reposição da inflação do ano anterior pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Neste caso, em 2011 a variação do PIB foi de 2,73%, e a inflação de 2012 medida pelo INPC, de 6,1%. O Orçamento de 2013 previa alta do mínimo para R$ 674,96. A proposta original do governo era de um valor máximo de R$ 670,95. Como o cálculo da inflação foi reajustado, o valor aumentou.
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