terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Novo partido de Marina ainda é uma incógnita


Nem mesmo os marineiros mais otimistas estão com aquela confiança toda de que o embrião do que pode ser o novo partido da ex-senadora Marina Silva vá se materializar dentro do prazo legal. Para que a ex-verde e seus prováveis correligionários fiquem aptos para a disputa eleitoral do próximo ano, seria necessário que a nova legenda cumpra todos os ritos até o dia 30 de setembro. Ou seja, apenas oito meses para o recolhimento de 500 mil assinaturas, o reconhecimento delas pela Justiça Eleitoral e constituição de instâncias partidárias em pelo menos nove estados. É muita coisa que depende de articulação e, claro, de recursos. Ponto que, à primeira vista, não parece ser o forte de Marina.
Vale lembrar que o PSD, com todo o apoio do ex-presidente Lula, do governador Eduardo Campos e de grupos econômicos, por pouco não conseguiu cumprir os prazos estabelecidos pela Legislação. A tarefa de montar um partido não é simples, ainda mais quando outras siglas temem perder seus quadros e buscam, na Justiça, possíveis impedimentos para tanto. E, ainda nesse prisma, é preciso destacar que a provável nova agremiação não teria tempo de TV na propaganda eleitoral. Mais um complicador considerável.
Toda essa dificuldade pode levar Marina Silva a ingressar em outra legenda – de menor porte – para se garantir na disputa eleitoral de 2014. Porém, isso provavelmente reduziria significativamente o tamanho de sua “grife” no pleito. O que, para alguns novos que já estão no páreo, como o governador Eduardo Campos (PSB) e o senador Aécio Neves (PSDB). Marina chegaria à eleição com o recall de 2010, mas sem a mesma perspectiva de votação. Contudo, poderia ser decisiva para levar a disputa para o segundo turno.
Mas, enquanto isso, a ex-senadora precisa percorrer o País para movimentar os seus simpatizantes e, sobretudo, identificar quem possa reforçar o seu projeto. Apesar de não ter uma realidade que gere otimismo, Marina Silva ainda reúne a simpatia de várias vertentes, principalmente ligadas ao campo da presidente Dilma Rousseff (PT), e pode complicar a vida da petista e do seu projeto de reeleição.
Fonte: Gilberto Prazeres Folha PE

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